Praça da Meruoca ou de Cuba, todos lutam por um lugar ao sol

Compartilhe

A Praça de Cuba vive seus dias da Meruoca. quando o comércio disputava os quatro cantos do lugar.

Saímos de 2020, seguimos por 2021 e entraremos por 2022 com o mesmo cenário na Praça de Cuba, uma verdadeira disputa sobre quem vende mais ou quiçá um duelo interno com o seguinte diálogo “Será que estou vendendo bem?”.

No dia 16 de março de 2021, um registro de ambulantes que se dividiam entre vendas de lingerie, artigos religiosos, lanches e uma mostra do festival flores de holambra, abriu os olhos para a desigualdade na Princesa do Norte.

Muito comércio, pouca venda, é assim que, com a voz triste, relata o ambulante José de Jesus “Mercadoria a gente tem, eu dividi com minha mulher para ela ficar lá embaixo e eu estou aqui. Estamos apurando os dois juntos o que um só apurava antigamente”.

Foto: Nildo Nascimento

O economista Roberto Ivo da Rocha Lima avalia que o país só sairá desse quadro no fim do ano que vem. Ou seja, não só apenas pequenos comerciantes, como os ambulantes da Praça de Cuba, sofrerão perdas monetárias até o final desse período, mas como toda a nação.

Enquanto isso, vale acrescentar que os pracistas não pagam taxa alguma para comercializar seus produtos, o que abre uma competição direcionada as grandes marcas sobralenses. O objetivo de todos é que cada um volte para casa com as metas batidas, o essencial é que haja espaço para todos.

Há algumas semanas, em uma nova ferramenta do Instagram, o prefeito responde perguntas de internautas e uma especial se destaca: “Onde a gente para no Centro tem flanelinha pedindo para ‘pastorar’, é chato”, ele responde “Não posso tirar o sustento dessa gente que vive em situação de vulnerabilidade”. Realmente, é uma reflexão muito coerente, pois os ambulantes só querem ter o próprio sustento, mas em Cuba tem ambulantes na Praça?

Além do mais, existe a exposição ao sol, o direito de ter um espaço digno, a rivalidade com os grandes comércios, o aumento dos preços, a redução das vendas. São questões que resgatam o sentido de viver ou sobreviver na economia local.

Você pode gostar...

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Skip to content