Ainda não é hora de vacinar as crianças

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Os que clamam pela urgência da vacinação pediátrica contra a Covid-19 estão remando contra os ventos soprados pela Ciência. Rápidos por chamar de negacionistas quem tenta argumentar ou mesmo pedir um pouco de prudência ou cautela, os tarados por vacina estão atolados no leito da ignorância.

A politização da saúde pode ser o principal vetor para doenças da sociedade como um todo e das crianças em particular. Camilo Santana, que se agarra nas tábuas da política sanitária para não se afogar no enlameado pântano da insegurança pública, já prometeu comprar vacina, para passar a percepção de que está preocupado com a saúde de seu povo.

Criticou a “demora” do governo federal e ameaçou comprar vacinas diretamente da Pfizer para inocular nas crianças o imunizante que ainda está em fase de estudos. Mesmo que houvesse eficácia, mesmo que houvesse emergência – por relevante número de infecções nas crianças – ainda assim, a ponderação seria necessária. Mas esses senhores não dão ouvidos nem mesmo aos estudos que se sucedem.

Congelaram seu conhecimento nas até então cepas preocupantes e não entendem como foi possível mudar tanto no curso da pandemia: o vírus que hoje infecta o mundo é bem diferente do que veio de Wuhan, na China. Não entendem que é como se fosse uma outra pandemia, a demandar novas prevenções e terapias.

Senhores, leiam os novos estudos. Atentem para os fatos. As vacinas em aplicação não servem contra a Ômicron. Elas foram eficazes para as cepas das outras letras gregas, mas não para esta, que infecta os tríplices vacinados e até quem já se infectou. Mais um motivo para não vacinar as crianças.

Durante a pandemia, até mesmo na CPI da Covid, que era palco de doidivanas e tresloucados que auscultavam qualquer indício para desgastar o governo, nem naquele picadeiro, alguém ousou apontar a premência para vacinar crianças. Era consenso de que essa faixa etária estava longe de ser prioritária, por não ser afetada, por não ter letalidade relevante.

Agora, quando a indústria farmacêutica inundou o mundo com pelos menos três doses para cada adulto, foram ampliando o mercado, até então não testado. Foram aos jovens, que começaram a apresentar efeitos adversos, e avançam, por último, sobre as crianças.

Há dois principais motivos para tentar justificar a vacina nas crianças, ambos insustentáveis. O primeiro, por imoral: vacinar as crianças para proteger os adultos, para fechar as janelas de imunidades. O segundo, por causa do ataque da Ômicron. Ainda mais implausível diante dos últimos estudos e acontecimentos.

Especialistas da OMS criticam a dose de reforço como estratégia para acabar com a epidemia. Segundo os cientistas. as vacinas atuais foram produzidas para um vírus que já não existe. O próprio CEO da Pfizer, Albert Bourla, revelou que seu imunizante precisa de uma atualização. Segundo ele, uma nova versão (1.1), ainda estudo, terá eficácia para a mais nova cepa.

Diante dos riscos envolvidos na vacinação de criança, e do conhecimento de que essa vacina de nada valerá no enfrentamento da Ômicron, não será apenas irresponsabilidade, mas um crime vacinar as crianças. Ainda mais quando sabemos que a Ômicron, de alta transmissibilidade, não tem provocado morte nem gravidade na doença.

Sabendo disso, beira o ridículo a atitude do senador saltitante, em crise de abstinência por holofote, de pedir nova CPI para investigar os motivos da demora em vacinar crianças. Se, em todo caso, para fazer política ou ganhar dinheiro, optar-se pela vacinação infantil, ao menos se espere pelo imunizante adequado. Seja qual for a argumentação, ainda é muito cedo.

Ainda não está na hora de vacinar as crianças.

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