Servidores realizam nesta terça a primeira manifestação por reajuste salarial
Líderes sindicais de entidades que representam a elite do funcionalismo até o “carreirão” convocam para amanhã a primeira das três manifestações previstas por aumento nos vencimentos.
A primeira de três paralisações de servidores públicos está marcada para amanhã. A expectativa, segundo líderes sindicais, é que a mobilização neste e no próximo mês seja a maior desde 2015. Os fóruns e associações que organizam os atos representam ao menos 1,2 milhão de servidores em todo o país, desde a elite do funcionalismo até o “carreirão”. Eles pedem reajustes salariais após o Congresso ter aprovado um espaço de R$ 1,9 bilhão no Orçamento para reajustes a policiais.
No governo, há um receio de que, se o aumento for efetivado aos policiais (ainda não está garantido, segundo o próprio presidente Jair Bolsonaro), a questão vá parar no Supremo Tribunal Federal (STF). Se esse for o caso, a Corte pode decidir a favor do reajuste salarial a todo o funcionalismo público, o que poderia ter um impacto que varia de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões. Esse valor é o dobro daquele que foi separado pelo Executivo para a reestruturação com reajuste de salário para carreiras policiais.
No dia da paralisação, a Confederação pretende entregar, no Ministério da Economia, uma reivindicação de reajuste emergencial de 19,99% — o que corresponde à inflação dos três anos de governo Bolsonaro. A ideia é deflagrar uma greve a partir de 14 de fevereiro — com o restante do funcionalismo público, que planeja cruzar os braços de forma generalizada. A paralisação duraria 11 dias.
Segundo Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef, apesar da falta de resposta do governo, a intenção da Confederação é esgotar todas as tentativas de diálogo antes de partir para o enfrentamento por meio de uma greve. “Queremos dialogar antes de ir para o conflito. Até agora, o governo não sinalizou pelo diálogo. Nós temos um prazo que vai até 3 de abril e acreditamos que, até lá, temos como instituir um consenso. Caso não tenha retorno, vamos nos reunir no dia 27 e depois declarar greve a partir de 14 de fevereiro”, disse.
(*) Informações Correio Braziliense