Reflorestamento: Unidade de Conservação Pedra da Andorinha recebe bombas de sementes.

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As bolas arremessadas na área ajudam no cultivo de plantas nativas e minimizam o impacto da degradação causada pela mão do homem.

A Agência Municipal do Meio Ambiente (AMA), por meio da Diretoria de Parques, Jardins e Unidades de Conservação (DPJUC), lançou 750 bombas de sementes de aroeira, angico, jacarandá, caramba e catingueira, na Unidade de Conservação Municipal de Proteção Integral Refúgio de Vida Silvestre (Revis) Pedra da Andorinha, localizada no distrito de Taperuaba, a 65 quilômetros da sede do município.

As bombas de sementes ajudam no reflorestamento (Foto: divulgação).

bomba de sementes, conhecida, em Inglês, como seed bomb, é uma técnica ancestral japonesa que promove o cultivo de plantas pelo arremesso de bolas compostas por argila, substrato vegetal e sementes. Na ação realizada em Taperuaba, as bombas de sementes foram arremessadas pela equipe técnica da AMA e pelos jovens do programa Agente Jovem Ambiental (AJA), do distrito. A iniciativa dá continuidade ao projeto de reflorestamento do Revis Pedra da Andorinha, que teve início em 2021, com o plantio de 1.300 árvores.

O espaço já recebeu mudas nativas de diferentes espécies, como Pau Branco, Timbaúba, Barriguda, Pajeú, Mulungu, Pereiro e Canafistula. Segundo Úrsula Nóbrega, diretora dos Parques, Jardins e Unidades de Conservação da AMA, “além do projeto, dividido em 4 etapas, ao longo do ano passado, vamos fazer, também, um mapeamento e acompanhamento de todas espécies plantadas, para aferir os resultados ao longo da implantação do projeto”, explica e adianta. “Pretendemos plantar mais de quatro mil árvores no Revis Pedra da Andorinha”.

A Unidade de Conservação foi criada em agosto de 2010, por meio de decreto municipal, com aproximadamente 600 hectares, para abrigar o refúgio natural de milhares de andorinhas e preservar o bioma caatinga, assegurando condições para existência ou reprodução de espécies, comunidades da flora local, da fauna residente ou migratória.

Além do reflorestamento, as bombas são utilizadas contra a degradação da natureza (Foto: divulgação).

A Unidade de Conservação atrai pesquisadores do campo da geologia, ecologia e botânica. Frequentemente, recebe visitas de turmas da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), da Universidade Federal do Ceará (UFC) e escolas. Devido ao período de pandemia do novo coronavírus, estão suspensas as visitas. As bombas lançadas na área, foram produzidas no Horto Municipal e consistem em sementes diversas, envoltas em uma mistura de terra e adubos, que protegem as sementes e fornecem condições que facilitam a germinação.

A técnica, que se espalhou por diversos países, foi desenvolvida pelo engenheiro agrônomo japonês, Masanobu Fukuoka, para semear grandes áreas com gramíneas e árvores. Aqui no Ceará, o método foi utilizado em 2017, no reflorestamento de áreas de nascentes na Chapada do Araripe, um acidente geográfico e sítio paleontológico localizado na divisa dos estados do Ceará, Pernambuco e Piauí. A Chapada abriga uma Floresta Nacional, uma Área de Proteção Ambiental e um Geoparque.

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