Príncipe Harry assume ter Síndrome de Burnout: “Sempre me saboto”
Ele tem só 37 anos, bem casado, tem filhos e uma vida de realeza. Mas tudo isso não impediu o príncipe Harry de contrair a Síndrme de Burnout. A revelação foi feita pelo marido de Meghan Markle, que foi duramente criticado após essa declaração, quando contou que prioriza sua saúde mental diariamente.
De acordo com o jornal britânico The Independente, Harry dividiu sua experiência durante uma entrevista online, que foi organizada por uma empresa americana de coaching pessoal, a BetterUp, na quinta-feira, 03 de fevereiro. Ele conversou com o CEO Robichaux, além da tenista de sucesso Serena Williams.
Ao descrever a Burnout, Harry afirmou ser “uma sensação de ter esgotado tudo que se tem, todo combustível, até o último vapor do motor”.
“Agora dedico cerca de meia hora a 45 minutos, pelas manhãs, quando sinto como: ‘ok, uma das crianças foi para a escola, a outra está tirando uma soneca, tenho uma pausa na programação’. Preciso meditar todos os dias”, afirma o príncipe, que é pai de Archie (8) e Lilibet, de 8 meses.
O príncipe Harry também comentou sobre o papel que os empregadores desempenham na capacidade dos funcionários poderem cuidar de si mesmos. “Do ponto de vista do empregador, você não pode esperar que as pessoas trabalhem suas mentes se não lhes der tempo para fazer isso. Quando as pessoas se concentram nas questões internas, elas se saem melhores no trabalho e em casa”, falou.
Harry afirmou ainda que como trabalhador e provedor dos filhos, sabe bem que o “autocuidado é a primeira coisa que se perde. A fala de Harry gerou comentários nas redes sociais, dividindo opiniões. Alguns questionaram se o príncipe teria autoridade para falar sobre trabalho que leva a burnout.
Para sanar a dúvida, o The Independent relembrou que Harry atua na Fundação Invictus Games, na BetterUp e administra a Archewell Foundation, que ele comanda junto com Meghan Markle, além de muitos projetos como um acordo com as plataformas Netflix e Spotify, por exemplo.
O QUE É SÍNDROME DE BURNOUT?
A síndrome de burnout ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico, descrito no ano de 1974 pelo médico americano Freudenberger, caracterizado pelo estado de tensão emocional e estresse provocados por condições de trabalho desgastantes. Professores e policiais estão entre as classes mais atingidas. O transtorno está registrado no grupo 24 do CID-11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) como um dos fatores que influenciam a saúde ou o contato com serviços de saúde, entre os problemas relacionados ao emprego e desemprego.
Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônicos provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. A síndrome se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso. Profissionais das áreas de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada correm risco maior de desenvolver o transtorno. (Fonte: site do Dr Drauzio Varella).
SINTOMAS
O sintoma típico da síndrome de burnout é a sensação de esgotamento físico e emocional, que se reflete em atitudes negativas.
- Ausências no trabalho
- Agressividade
- Isolamento
- Mudanças bruscas no humor
- Irritabilidade
- Dificuldade de concentração;
- Lapsos de memória
- Ansiedade
- Depressão
- Pessimismo
- Baixa autoestima.
Além dessas, a dor de cabeça, a enxaqueca, o cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares,insônia, crises de asma e distúrbios gastrintestinais também são manifestações físicas que podem estar associadoa à burnout.
R.O
Fonte – O fuxico