Governo estuda lançar “Pacote de Guerra” para manter empregos
A equipe econômica estuda poder bancar por três meses, podendo bancar até 100% dos salários, com focos nas pequenas empresas.
Em meio a esta pandemia que o mundo e o Brasil enfrentam, a equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) finaliza os detalhes de um pacote para ajudar na manutenção de empregos no país durante este período. Segundo estimativa o valor será de pelo menos R$ 36 bilhões ao longo dos próximos três meses.
O pacote criará faixas para que o governo subsidie progressivamente o pagamento dos salários, de forma a manter a renda dos empregados e permitir que as empresas não quebrem em especial micro e pequenos estabelecimentos. O plano é subsidiar até 80% dos empregos formais no país. Os valores seriam uma espécie de antecipação do seguro-desemprego, mas não iriam ser descontados dos valores a que o empregado teria direito no futuro, caso perca o emprego.
Para os trabalhadores informais, o governo criou uma espécie de voucher, que aguarda aprovação do Congresso. O valor inicial de R$ 200 reais deve ser aumentado para pelo menos R$ 300 para cada trabalhador sem renda formal.
O novo pacote será enviado ao Congresso por meio de medida provisória, para passar a valer imediatamente e servir para as empresas poderem arcar com encargos trabalhistas já no início de abril. Empresas menores, dos setores mais fragilizados, que estiverem fechadas e não tiverem condições de manter empregos, poderão ter 100% dos salários bancados pelo governo. Para outras, a redução de jornada será compensada pelo fundo federal, de acordo com o valor de hora-salário do trabalhador.
Nenhum trabalhador receberá menos que um salário mínimo, afirmou uma das fontes. A estratégia, chamada dentro do governo de um plano de “pré e pós-guerra”, é acalmar os setores produtivos e evitar demissões em massa já na próxima semana.