Decreto sobre normas de atividades econômicas e de comportamento é mantido no Ceará
A determinação, que dá mais liberdade de atuação, se deve aos bons índices de queda da covid-19
A contar dessa segunda-feira (14), o governo do Estado, por meio do Comitê de Enfrentamento à Pandemia, deliberou em manter, pelas próximas duas semanas, o regramento que consta no atual decreto de normatização das atividades econômicas e comportamentais. A iniciativa se deve ao cenário de queda nos números da covid-19 no Ceará.
De acordo com o governador, por meio de suas redes sociais, “não vamos ter nenhuma alteração no novo decreto”. Isso mostra que estamos atravessando essa onda no Ceará. É impressionante como a onda do ano passado foi forte e duradoura. Mas veja como foi essa onda agora, a velocidade com que ela subiu, mas também está começando a cair”, disse Camilo, ao avaliar um gráfico com os dados das três ondas no Estado.
Ao repetir o decreto anterior, o novo dispositivo legal mantém estádios de futebol com liberação para público de 30% da capacidade; eventos festivos, sociais e culturais podendo receber até 250 pessoas em ambientes fechados e 500 em locais abertos; eventos corporativos (congressos, seminários etc.) com permissão para 1.500 pessoas em ambientes fechados e 3.000 em espaços abertos; farmácias, supermercados e escolas devendo continuar fornecendo máscaras padrão N95, ou similar, aos seus funcionários; e festas de pré e Carnaval proibidas.
Ao falar sobre a característica desta terceira onda, que alcançou um maior número de pessoas em um espaço bem mais curto de tempo, Camilo Santana destacou a importância da vacinação no menor número de óbitos registrados. De acordo o gestor, os casos que se agravaram mais foram, em sua maioria, de pessoas idosas, ou daquelas que não tomaram a vacina, ou não receberam a dose de reforço ou apresentavam muitas comorbidades.
Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado, no Ceará, mais de 16,6 milhões de doses já foram aplicadas. Quase 88% das pessoas com mais de 18 anos já estão com as duas doses, 97,4% com a primeira e 31,5% com a dose de reforço. Segundo o secretário da Saúde, Marcos Gadelha, atualmente, a positividade de casos caiu para 18%, mas já esteve em 60%. “A proporção de casos confirmados em relação a óbitos foi muito maior na primeira onda. Nesta terceira onda é bem menor. Isso significa que as pessoas adquiriram imunidade com a vacinação. Por isso, a necessidade de reativar a imunidade com a terceira dose”, ressaltou o secretário.