O ministro Alexandre de Morais, do STF, revogou a prisão preventiva de quatro investigados do inquérito 4879, dito dos Atos Antidemocráticos. Entre eles, o jornalista Wellington Macedo.

A decisão foi em resposta a uma petição de Marco Antônio Pereira, conhecido como Zé Trovão, mas beneficiou os outros três. A prisão preventiva já havia sido convertida em domiciliar, que agora é revogada, com a manutenção das demais medidas cautelares.

Um dos pedidos de Zé Trovão era conseguir emprego de motorista ou semelhante que lhe desse condição de sustentar sua família, o que foi concedido. Já o jornalista Wellington Macedo continua com dificuldade de trabalhar, pois foi mantida a proibição de usar as redes sociais, de onde ele tirava seus sustento. Seja por remuneração dos canais, seja pelo trabalho de divulgação.

Wellington Macedo passou por maus momentos na papuda, prisão do Distrito Federal, onde ficou encarcerado por 41 dias. Chegou a conseguir permissão para trabalhar como fotógrafo e a frequentar um templo religioso, mas sempre a depender da autorização judicial.

Foi revogado apenas a prisão domiciliar, que já é um alívio, pois, mesmo sob vigilância eletrônica pode percorrer todo o município onde reside (no caso, Distrito Federal). Mas todas as outras restrições foram mantidas, tais como:

1) Uso de tornozeleira
2) Proibição de participar de redes sociais, até na de terceiros
3) Proibição de conceder entrevista sem autorização judicial
4) Proibição de comunicação com quaisquer dos investigados no inquérito

Aécio Palmeira, advogado de Wellington Macedo, informou que há uma petição ainda pendente de resposta no STF para o arquivamento total do processo.

Abaixo, o inteiro teor da decisão.