Curso aborda estratégias de recuperação educacional por conta da pandemia
A ideia é reverter os danos causados pela falta das aulas presenciais para alunos sem acesso à internet
O Curso de Formação em Tecnologias Educacionais, Aprendizagem e Inovação Pedagógica, programado para essa sexta e sábado (4 e 5), trará duas as aulas de Estratégias de Recuperação da Educação na Pandemia e Inovação Pedagógica. A partir das 14h, as aulas serão transmitidas, ao vivo, pelo canal do Laboratório Digital Educacional no YouTube.
A primeira aula será ministrada pelo professor Tiago Bartholo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que abordará o tema “Estratégias de Recuperação da Educação na Pandemia: o que já sabemos?”. No sábado (5), a professora Meire Moreira, da Universidade de Lisboa, apresentará o tema “Como a Inovação Pedagógica com Abordagem Construcionista Poderá Contribuir para a Quebra Paradigmática da Educação Brasileira?”.
Continuam abertas as inscrições para o curso, que tem como referência, as 10 competências gerais da Base Nacional Comum Curricular. Também, serão abordados temas como docência no ensino híbrido, formação de professores na cultura digital, jogos e gamificação na educação, metodologias ativas e aprendizagem, produção e uso de tecnologias para educação, entre outros.
Com carga horária de 180 horas, o curso tem as parcerias da Universidade Federal do Ceará (UFC), por meio do Laboratório Digital Educacional (LDE), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), a Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) e a Secretaria da Educação de Sobral. O encontro tenta minimizar os reflexos negativos causados pela pandemia sobre a educação. Os impactos preocupantes, não somente em relação à aprendizagem, mas, também, quanto ao número de crianças e jovens que abandonaram os estudos.
De acordo com a pesquisa C6 Bank/DataFolha, quatro milhões de estudantes brasileiros, com idades entre 6 e 34 anos, abandonaram os estudos em 2020, no auge da doença no Brasil. A evasão escolar no Ensino Superior teve média de 16,3%; com 10,8% no Ensino médio e 4,6%, de desistências no Ensino Fundamental. A questão socioeconômica esteve entre as principais causas que motivaram o abandono, já que as aulas online, vistas como uma saída, contribuíram para que muitas crianças e jovens ficassem sem aulas, no último ano. Segundo estudo do Comitê Gestor da Internet no Brasil, cerca de 47 milhões de pessoas não têm acesso à internet.
Segundo Daniela Costa, coordenadora da TIC Educação, plataforma de pesquisa sobre o assunto, “antes do fechamento das escolas, a gente pode dizer que os estudantes tinham pouco acesso às tecnologias no ambiente escolar. As atividades pedagógicas estavam mais centradas no ensino, do que na participação dos estudantes, e quando eles vão para casa e têm que fazer eles mesmos estas atividades, o trabalho se torna mais árduo”, avalia .