Desde que o prefeito Ivo Gomes mentiu sobre a confirmação do primeiro caso de infecção por coronavírus em Sobral, a comunicação da Prefeitura foi contaminada por sintomas que afetam a credibilidade, chegando às raias das fakenews. O primeiro caso registrado foi do ex-prefeito Veveu, que deu carona ao vírus desde a Europa para Sobral. Quando da divulgação, Ivo desinformou. Disse que se tratava de um homem que veio do Sul.

No dia 23 de março, ocorreu em Sobral a primeira morte atribuída à Covid-19. A notícia, divulgada em primeira mão pelo jornalista Wellington Macedo, que também teve a primazia de identificar Veveu como o primeiro a se infectar, foi negada por Ivo Gomes. A mulher era de Forquilha, apresentava causa indeterminada no laudo. Soube-se que deu negativo.

O segundo caso chegou a ser anunciado por um médico do Hospital Regional Norte, Michel Abdala. Ele foi convencido a retirar o vídeo de suas redes sociais, pois a divulgação seria exclusividade da Prefeitura. Ivo Gomes confirmou a morte e o exame positivo da vítima. Mas afirmou que o caso era de Santa Quitéria. Já o prefeito daquela cidade confirmou a morte, mas negou que tivesse sido por Covid-19.

O fato mais recente é de domingo último (19). O prefeito anunciou as duas primeiras vítimas que sucumbiram ao vírus. Duas mulheres, uma do distrito de Taperuaba, cuja morte ocorrera no dia 2 de abril, mas só agora chegara o resultado dos exames. A outra seria do bairro Alto da Brasília. Nos dois casos a família de cada uma nega veementemente.

No de Taperuaba, é cheio de estranheza. A mulher foi atendida no posto de saúde. Em nenhum momento os profissionais aventaram a possibilidade da doença, nem sequer como suspeita. Só houve coleta de material para exame por insistência do filho. Mais curioso ainda é que não há nenhum caso suspeito da localidade. O próprio filho, que cuidou da mãe na semana em que ela esteve doente, com frequente proximidade, fez exame: negativo. Nenhuma pessoa que esteve próxima à doente apresentou sintoma.

A mulher do Alto da Brasília teve a morte atestada como vítima de pneumonia e septicemia. O médico que a tratou disse ao marido dela que ela não apresentava sintomas do coronavírus.

Pelo visto, ninguém ainda morreu afetado pelo coronavírus em Sobral. Ainda bem.

Precisamos de dias melhores, não de um Dias Gomes a recriar outra Sucupira em Sobral, comandada por um tal de OdorIvo Paraguaçu, à procura de cadáver, para inaugurar a mortandade pela epidemia.