Jericoacoara poderá cobrar até R$ 50 por ingresso

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Com a previsão de leilão da gestão do Parque Nacional de Jericoacoara, além das mudanças estruturais que o local deverá receber, os turistas devem se preparar para pagar ingresso de entrada no parque.

No que se refere a estada na Vila de Jericoacoara, no Litoral Oeste do Estado, os visitantes já arcam com uma taxa municipal de turismo sustentável, de R$ 30, por sete dias de permanência; e, além desta, pagarão pelo acesso ao Parque Nacional, que deve ser de até R$ 50.

“No estudo de viabilidade de cobrança, o valor está em cerca de R$ 45. Mas o que vale é o contrato. No contrato, a gente tem como modelo o Parque de Iguaçu. O ingresso vai começar com um teto de R$ 50 pela entrada no primeiro ano”, projeta Róbson Eneas de Oliveira, chefe de departamento da Área de Parcerias em Infraestrutura Social e Serviços Ambientais do BNDES.

Turistas pagam, hoje, R$ 30 por semana, na famosa Vila (Foto: divulgação).

Oliveira adianta que “haverá uma série de isenções. Moradores e trabalhadores da vila, por exemplo, não pagarão ingresso. Hoje, Jeri é um dos poucos parques do Brasil, até por não ter infraestrutura, que não cobra ingresso. Essa será a principal fonte de arrecadação da empresa que vai gerir os serviços”, explica.

O chefe de departamento argumenta que a cobrança não exercerá grandes impactos para os visitantes, considerando o perfil econômico de quem passeia por Jeri. “O turista de Jericoacoara já gasta muito para chegar ali, então, esse valor não é tão relevante para esse tipo de turista. Ele já tem que pagar uma pousada, o voo, o transporte”, enumera.

O dinheiro dos ingressos será vital para que a empresa vencedora do leilão garanta os investimentos previstos na melhoria de infraestrutura e operação do Parque. A previsão é que, em 30 anos, seja investido o montante de R$ 1,2 bilhão.

Entre as ações previstas, a concessionária deverá fazer todo o cercamento do parque, construir uma portaria de entrada, fornecer infraestrutura básica nas principais atrações, contratar profissionais, investir no ordenamento e na preservação ambiental.

Sobre essa contrapartida, Oliveira explica que o concessionário tem deveres, medidos por indicadores de desempenho. “Se ele não bater determinadas metas, ele vai sentir diretamente no bolso. Um dos indicadores é a capacidade máxima de visitantes em cada atração do parque, ou seja, não pode deixar ter mais gente do que deveria em um determinado local. Se não houver esse controle, ele pode ser multado, sofrer sanções”, pontua.

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