Deputado diz que alta superior a 24% na energia inviabiliza atividades comerciais
O deputado federal Danilo Forte (União Brasil) apresentou um requerimento para a convocação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) explicar os reajustes tarifários de mais de 24% na energia elétrica em quatro Estados brasileiro, entre eles o Ceará, onde a alta chegou a 32% para produção rural. Ele afirma que o aumento inviabiliza as atividades comerciais e industriais das regiões.
Segundo Danilo Fortes, a alta tarifária é justificada pela Aneel citando o cumprimento de acordos firmados por contratos, o que não é bem aceito pelos parlamentares. “Contratos foram feitos em uma situação que o IGMP, naquela época, representava o que era a inflação. Agora, o IGPM acumulado está dando o dobro do IPCA. Então há um descasamento dos indicadores e esses contratos não refletem a situação de geração de energia”, menciona o deputado. Ele também lembra que o Ceará, por exemplo, é um exportador de energia, o que torna o aumento ainda mais questionável. “O Ceará exporta energia, então é totalmente incomensurável você querer punir quem está ajudando o Brasil e o maior aumento para o Ceará. Precisa de transparência, saber o motivo da condição e encontrar forma que possa postergar ou minimizar efeito nocivo”, menciona.
A proposta é que essas explicações sejam feitas pela Aneel aos congressistas, que também articulam um projeto de decreto legislativo para impedir que o aumento aconteça de forma imediata. “Do ponto de vista empresarial está todo mundo muito mobilizado. A Federação da Indústria do Estado do Ceará, a Federação da Agricultura no Cenária, a Fecomércio, todos os segmentos que precisam de energia como insumo, inclusive as próprias famílias. As donas de casa estão muito preocupadas com o número, volume do aumento, porque isso inviabiliza comercialmente muitas atividades”, fala Danilo Forte, que defende uma regulamentação das fontes de energia no Brasil. “Vamos avançar no que é bom para o Brasil e para o mundo: energia barata”, reforçou o deputado.
Fonte: Jovem Pan