Ceará registra 31 casos suspeitos de sarampo
O número, já corresponde a 67% de todas as notificações registradas no Estado, entre os meses de janeiro e novembro de 2021.
Os dados do último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) são relacionados ao período, entre os dias 1º de janeiro e 4 de maio, deste ano, que acumulam 31 casos suspeitos da doença. Segundo a Sesa, o número já corresponde a 67% de todas as notificações registradas no Estado, entre janeiro e novembro de 2021, período de consolidação do último boletim epidemiológico divulgado pela pasta. Os números foram levantados pelo Grupo Técnico das Doenças Imunopreveníveis, da Sesa.
Dentre os casos suspeitos, contabilizados este ano, 20 foram descartados, por meio de exames laboratoriais; e os outros 11 estão sob investigação. De acordo com a Sesa, o diagnóstico ocorre após o processamento de duas amostras biológicas de cada paciente no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). Na lista dos municípios com casos ainda em investigação estão Fortaleza (2), Maranguape (1), Morada Nova (1), Cascavel (1), Itarema (2), Amontada (1), São Gonçalo do Amarante (1) e Itaitinga (2).
No ano passado, segundo a Secretaria, o Estado teve três casos confirmados de sarampo, depois de ter completado mais de um ano sem nenhum registro da doença. Os diagnósticos da infecção voltaram a ser registrados no Estado após o Brasil perder a certificação de país livre do sarampo, em 2018. Com a reintrodução da doença, em 2019 foram registrou 19 confirmações. Já em 2020, o número caiu para três, com o último caso registrado em abril.
O surto mais recente de sarampo no Ceará ocorreu entre 2013 e 2015, período em que 1.052 pessoas foram acometidas pela doença em, ao menos, 38 municípios. Já entre 2017 e 2018, o Estado manteve a tendência de eliminação da doença, sem nenhum caso confirmado. Embora não haja registro de caso confirmado neste ano, a Sesa alerta que o Ceará tem, pelo menos, 101 dos 184 municípios com risco alto ou muito alto de reintrodução do sarampo. Em outras 56 cidades, a prevalência é de risco médio, enquanto em 27, o risco é considerado baixo.
Só para se ter uma ideia da situação que gerou o alerta, a Capital, Fortaleza, e o maior município do Interior, Juazeiro do Norte, estão no grupo dos 21 municípios com maior grau de possibilidades de reincidência da doença. Também fazem parte da lista, Caucaia, Tianguá, São Benedito, Sobral, Crateús, Itapipoca, Maracanaú, Maranguape, Guaiuba, Pacajus, Aquiraz, Eusébio, Baturité, Fortim, Aracati, Russas, Iguatu, Crato e Barbalha.