Cibercriminosos de olho no saque extraordinário do FGTS
O governo brasileiro libera, nesta semana, mais saques extraordinários do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, o que chama a atenção de cibercriminosos.
A partir desta quarta-feira (25), os nascidos em agosto poderão retirar a quantia de R$ 1 mil, do FGTS, enquanto, no sábado, será a vez dos trabalhadores que nasceram em setembro. E, claro, os golpistas estão de olho. Várias pessoas têm reclamado de roubo sem que elas percebam.
Na prática, os cibercriminosos abrem o aplicativo Caixa Tem e inserem os principais dados, que são o nome e o CPF, a partir de informações autênticas. Para completar o cadastro, eles têm usado e-mails e números de celular aleatórios, de outras pessoas. Em algumas situações, os golpistas conseguem obter o que falta, por meio de mensagens fraudulentas ou executando ações de phishing (crime de enganar as pessoas para que compartilhem informações confidenciais como senhas e número de cartões de crédito). Muitas das vítimas sequer ficam sabendo disso, até tentar usar o saque extraordinário e perceber que não há nada a resgatar.
De acordo com especialistas, a resposta para os novos crimes aplicados no País está nos “megavazamentos que ocorreram nos dois últimos anos. Somente em 2021, houve problemas com invasões e exposição de milhares de brasileiros em casos envolvendo o Ministério da Saúde e órgãos do governo, além de grandes empresas privadas e prestadoras de serviço, call centers e redes sociais”, informam.
Caso a pessoa perceba algo de errado nas informações relacionadas à conta registrada no FGTS, deve checar novamente seus dados e verificar se está elegível a receber o saque extraordinário do FGTS nas datas corretas. Caso observe que seu saldo não está lá ou inconsistências em seu cadastro, deve entrar em contato com o gerente da conta.
Por fim, é importante manter sistemas operacionais sempre atualizados e soluções de segurança rodando no computador e telefone celular. Elas ajudam a identificar links e páginas suspeitas, além de impedirem a exploração de aberturas conhecidas pelos criminosos, que se aproveitam de vazamentos para agir.