Surpresa na geração de empregos

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Por essa ninguém esperava. A economia brasileira surpreende o mundo todo com indicadores robustos que apontam para uma recuperação sustentável. Paulo Guedes havia profetizado que os analistas econômicos passariam o ano revisando suas projeções sobre o Brasil. Para maior. O primeiro foi o FMI, que anunciara PIB de 0,3% para este ano. Não chegou a março, e passou para 0,7%. O governo já projeta desempenho superior a 1,5%. Foi mais um desacerto do FMI. Durante a pandemia, o fundo imaginou que o Brasil cairia 9%, mas não chegou a 5 (4,9%). Deu-se o inverso com o Reino Unido, com previsão de queda de 4,5%, despencou 9%

PORTO – As projeções vêm sempre acompanhadas de alertas de incertezas, devido ao incerto resultado da guerra da Rússia na Ucrânia. Mas pode ser também uma janela de oportunidades. O mundo sofre com falta de alimentos e energia, o que faz com que a inflação se alastre pelo globo. São produtos que o Brasil pode fornecer. Se a situação perdurar, o Brasil pode ser demandado a exercer o papel de celeiro do mundo, pois já é o quarto exportador mundial de alimentos.

SEGURO – O impacto imediato da guerra foi verificado no fluxo de recursos externos que migraram seus investimentos para o Brasil, que se tornou porto seguro, para quem se assustou com as escaramuças no leste europeu. Na esteira da recuperação econômica, o último indicador a ser retomado é o do emprego. Na crise, o empresário logo demite. E se demora a fazer novas contratações na retomada.

VAGAS – No Brasil, este fenômeno está sendo superado. O desempenho do primeiro trimestre foi dos mais alvissareiros, com o indicador baixando para 10,5%, a maior redução entre todos os países do G7. É a menor taxa para o primeiro trimestre desde 2015, que registrou 8,1%. E o número de pessoas ocupadas, 96,5 milhões, é o maior da série histórica, desde 2012.

DESOCUPADO – Houve acréscimo de 1,1 milhão de pessoas com novo emprego. Já a população desocupada anotou queda de 25,3 na comparação anual (3,8 milhões de pessoas) e 5,8% na comparação do trimestre. Além de liderar a queda do desemprego entre os países mais ricos, o PIB do Brasil também esteve na dianteira da recuperação.

UM DÌGITO – A economia manteve o ritmo em abril com a abertura de cerca de 200 mil postos de trabalho. O presidente Bolsonaro chegou a dizer a empresários que já no próximo mês a taxa deve chegar a um dígito, índice histórico, principalmente por se tratar do período do rebote da pandemia e dos estilhaços da guerra.

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