Líderes europeus se reúnem para decidir futura da Ucrânia no bloco

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Processo para que ex-república soviética seja um Estado-membro será longo e depende do fim da guerra com a Rússia.

Os líderes dos 27 Estados-membros da União Europeia se reúnem nesta quinta-feira (23) e na sexta-feira (24) no Conselho Europeu para decidir se concedem à Ucrânia a condição de país candidato a entrar no bloco. No último dia 17 de junho, os ucranianos conseguiram um passo histórico no processo, quando a Comissão Europeia deu parecer favorável para a sua adesão.

A ex-república soviética, portanto, já cumpre os pré-requisitos mínimos para entrar na UE, mas existem também condições políticas, econômicas e sociais que são exigidas para se adequar ao modelo europeu.

Foto: A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente Volodmir Zelenski

Para Igor Lucena, doutor em relações internacionais pela Universidade de Lisboa, em Portugal, e membro do Royal Institute of International Affairs, a candidatura pode fazer com que a Ucrânia seja vista de forma mais respeitosa entre os membros do bloco, ponto de extrema importância no momento em que o país enfrenta um conflito armado com a Rússia desde 24 de fevereiro.

“A União Europeia foi a grande responsável pela paz no continente, então há o contraponto de trazer esse contexto a um país em guerra. Além disso, o bloco tem um projeto de integração de paz e de reconstrução, questão essencial para a Ucrânia”, explica Igor. O especialista acredita que o status de país candidato será concedido, entretanto a medida deve vir em sessões futuras.

A aproximação da Ucrânia com a UE também é percebida pelas visitas de líderes europeus ao presidente Volodmir Zelenski em Kiev. Neste mês, os líderes de três das maiores economias da Europa, o presidente da França, Emmanuel Macron, o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, e o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, se encontraram com Volodmir Zelenski. Na mesma ocasião, o líder ucraniano se reuniu com o presidente da Romênia, Klaus Iohannis.

Fonte: Reuters

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