Os dados sobre casos de chikungunya apontam 33.108 registros este ano. O maior índice entre as doenças causadas pelo Aedes Aegypti.

Conforme levantamento do Ministério da Saúde (MS), até a segunda semana de junho, o total registrado no Ceará é o maior acumulado de casos da arbovirose no Nordeste, equivalendo à maior incidência da doença entre os estados da região. No total, são 358,3 casos a cada 100 mil cearenses.

Em números absolutos, o Ceará é seguido por Pernambuco (17.347 casos) e Bahia (1.803). Já comparando a proporção de casos de chikungunya por habitantes, o Estado se mantém em primeiro, seguido pela Paraíba (277,4) e pelo Rio Grande do Norte (222,1). 

No outro extremo, o Maranhão aparece como o estado nordestino, não apenas com o menor acumulado da doença neste ano (1.226 casos), mas também com a menor incidência da arbovirose, registrando 17,1 casos a cada 100 mil moradores. Cassio Peterka, diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, coletou dados nacionais sobre os casos, que dobraram ou triplicaram em todo o Brasil, especialmente, entre pessoas com idades de 29 a 50 anos. O diretor ressalta que, enquanto a dengue é mais preocupante no Centro-Oeste, a chikungunya tem prevalecido no Nordeste.

“Passamos por um aumento de casos de arboviroses muito significativo em relação a 2021. Compreendemos que a pandemia de Covid-19 diminuiu muito as arboviroses, porque o fluxo de pessoas diminuiu e a transmissão dos vírus pelo Aedes aegypti também reduziu”, afirma Peterka. “Então, passamos a olhar para os anos pré-pandêmicos e o cenário de 2022 é muito próximo ao de 2019. O necessário é reforçar ações de prevenção para evitar uma pressão no sistema de atendimentos”, reflete.

O boletim epidemiológico do Ministério da Saúde traz, ainda, um ranking das cidades que apresentaram os maiores totais de casos de chikungunya no Brasil até o momento. Fortaleza lidera a lista, com 9.392 diagnósticos. Além da Capital, outros quatro municípios são citados: Juazeiro do Norte, Brejo Santo, Crato e Barbalha.