Emprego volta a surpreender

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Superando todas as expectativas, o Brasil continua surpreendendo na geração de emprego. No começo do ano, estudo da Unicamp falava em estagnação do mercado de trabalho. Outro, da IDados, publicado na CNN, indicava que o país chegaria ao fim do ano com, no máximo, 500 mil novos postos de trabalho. Ainda sem fechar o semestre, o acumulado até maio já ultrapassa a marca de um milhão de brasileiros com carteira assinada. Os olhos do mundo se voltam para o Brasil com o intuito de entender o fenômeno.

RECUPERAÇÃO – Durante as crises econômicas, o primeiro indicador a sofrer é o da taxa de emprego e o último a se recuperar. O empresário, temendo arcar com os custos sem que haja respaldo financeiro, logo demite. E quando, o horizonte se apresenta favorável, ele ainda espera um pouco mais, até que a incerteza se afaste de vez.

UM DÍGITO – Mesmo diante do período pós-pandemia e num cenário de turbulência mundial gerado pela guerra da Rússia na Ucrânia, o Brasil apresenta, pela primeira vez em sete anos, uma taxa de desemprego inferior a dois dígitos: 9,4%, equivalente ao de 2015, sem que, naquela época, houvesse conjuntura tão adversa.

RECORDE – Com o saldo de 277 mil carteiras assinadas, só em maio, a equipe econômica contabiliza 2,6 milhões de empregos gerados nos últimos 12 meses. A população ocupada em abril chegou a 97,8 milhões de trabalhadores. É o melhor desempenho de toda a série histórica, desde 2012, quando se iniciou a Pnad Contínua.

CAMPEÃO – Em março, quando se compararam os números dos países mais ricos, o Brasil figurava com a melhor performance. A retomada do emprego, principalmente quando se dá em todos os segmentos e faixa etárias, como a verificada agora, é o maior indicativo da recuperação econômica. Apesar das vozes de mau agouro, o país prospera.

LENTES – A imprensa da má notícia não consegue publicar um dado favorável ao Brasil sem acrescentar um “mas”. É o estilo do jornalismo adversativo que busca um viés negativo para não parecer oficialesco e se posicionar como de oposição. A imprensa depressiva não consegue enxergar o que há de bom. Segue o velho axioma: notícia boa é notícia ruim.

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