Negociação por falta de pagamento da conta de luz cresce 51% neste ano

Compartilhe

No período de janeiro a maio, os pedidos de parcelamento de dívidas passou 128 mil em 2021 para 193 mil este ano.

A média mensal de negociações de parcelamento de dívida na conta de luz aumentou 51% este ano. Segundo a Enel Brasil, o dado mostra que os clientes têm buscado cada vez mais opções de parcelamento de dívida. No caso de São Paulo, o índice chega a 77%.

Os pedidos de parcelamento de dívidas antigas nas quatro distribuidoras do grupo (Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás e Ceará) já haviam aumentado desde o início da pandemia de Covid-19. No período de janeiro a maio, a negociação passou de 84 mil em 2020 para 128 mil em 2021 e chegou a 193 mil este ano.

Ao todo, entre janeiro de 2020 e maio deste ano, a Enel Brasil recebeu cerca de 4,2 milhões de pedidos. Em São Paulo, o consumidor pode parcelar em até 12 vezes, durante a campanha Enel Facilita, que será realizada nos dias 16 e 23 de julho.

A inadimplência no pagamento de serviços básicos, como água e luz, bateu recorde em março deste ano. Segundo a Serasa, o percentual foi de 23,2%, o maior índice para o mês dos últimos quatro anos. O número representa um aumento de 4 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2019.

Para o economista Robson Gonçalves, professor de MBAs da FGV (Fundação Getulio Vargas), o aumento de negociações ainda é uma herança do período mais crítico da pandemia de Covid-19.

A companhia tem feito campanhas de renegociação de dívidas para os clientes na sua área de atuação. Segundo a Enel, as faturas em atraso podem ser parceladas em condições facilitadas e adequadas para cada perfil de dívida e cliente. A negociação pode ser realizada de forma online, pelo site da companhia ou nas lojas e postos de atendimento das distribuidoras.

Os consumidores que se encaixam no perfil baixa renda contam ainda com o benefício da Tarifa Social de Energia Elétrica, programa do gverno federal que concede descontos nas tarifas de energia.

Podem receber a Tarifa Social famílias inscritas no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal), com renda familiar mensal, por pessoa, menor ou igual a meio salário mínimo nacional; idosos com 65 anos ou mais ou pessoas com deficiência, que recebam o BPC (Benefício de Prestação Continuada); ou família inscrita no CadÚnico com renda mensal de até três salários mínimos, que tenha membro portador de doença ou deficiência.

Segundo o economista, para manter as contas em dia exige fazer gestão das dívidas que ficaram do passado. A negociação de dívida, trocando por dívida mais barata, a priorização de gastos e a pesquisa antes das compras são o trio básico para manter o orçamento das famílias.

“Até o final do ano existe uma perspectiva de alívio na inflação por conta da redução o ICMS dos combustíveis. Se essa melhora nos preços dos conbustíveis se espalhar pela economia e a inflação fechar a abaixo dos dois dígitos, ao mesmo tempo que o nível de emprego vai subindo, cria-se um ambiente muito mais favoravel para que as família mantenham a conta em dia e saiam das dívidas que contraíram no período mais grave da pandemia, além de evitar novos processos de endividamento e atraso nas contas essencials, como a de energial elétrica”, avalia o professor de MBAs da FGV.

Fonte: PortalR7.COM

Você pode gostar...

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Skip to content