Polícia Civil cumpre mandados de prisão preventiva na Capital e RMF
Na manhã desta quinta-feira (21) foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão.
A operação tem como alvo membros de uma organização criminosa liderada por um policial militar que contava com o auxílio de narcotraficantes. A ação faz parte da 8ª fase da Operação Gênesis, realizada pelo Ministério Público do Estado do Ceará. Nesta fase, a investigação descobriu a existência de um grupo criminoso com atuação em Fortaleza, liderado por um policial, suspeito de envolvimento em extorsões, tráfico de drogas ilícitas, de integrar organização criminosa, dentre outros crimes.
Segundo as investigações, o objetivo do grupo era identificar indivíduos envolvidos em ações criminosas para, posteriormente, obter vantagens ilícitas. Os alvos, que não tiveram as identidades divulgadas, foram denunciados à Justiça pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, corrupção passiva, peculato e extorsão.
Os mandados foram expedidos pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas e pela Vara da Auditoria Militar do Estado do Ceará e cumpridos com apoio da Coordenadoria de Planejamento Operacional da SSPDS, da Assessoria de Inteligência da Polícia Militar, e da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado (SAP).
A “Operação Gênesis” teve início a partir de uma apuração do Ministério Público iniciada em 2016. À época, o objetivo era apurar a ação de grupos ligados a organizações criminosas, responsáveis pelo tráfico de drogas e armas, assaltos e homicídios na Capital cearense e Região Metropolitana. Ao longo dos trabalhos, descobriu-se a participação de policiais militares e civis nos delitos.
O grupo era formado, em sua maioria, por agentes e ex-agentes de segurança pública do Estado, além de pequenos e médios traficantes locais. Juntos, eles praticaram uma série de infrações penais, notadamente os crimes de extorsão, organização criminosa, comércio ilegal de arma de fogo e outras condutas correlatas.
Os alvos dos policiais eram escolhidos entre traficantes com considerável poder aquisitivo ou que já tinham alguma passagem pela Polícia, o que facilitava as exigências, as abordagens e o alcance das vantagens almejadas pelo grupo. Os agentes públicos tinham acesso ao sistema de informações da Polícia para selecionar os alvos e planejar as ações.
Com o avanço das fases da operação, o MPCE descobriu outras ramificações do bando, e nesta 7ª fase avançou para desarticular um grupo formado, exclusivamente, por integrantes civis de uma facção criminosa com atuação em Fortaleza.
Fonte: MPCE.