Cerca de 2,7 milhões de cearenses estão inadimplentes, afirma Serasa
No estado, 40,32% da população não têm pago suas dívidas, situação um pouco abaixo da média nacional, que é de 41,25%, segundo o Serasa.
O não cumprimento de algumas obrigações financeiras atingiu novo recorde no Ceará em maio deste ano, segundo levantamento do Serasa. Conforme o Mapa da Inadimplência, 40,32% dos cearenses estão na situação, equivalendo a 2.785.390 CPFs.
No ano passado, o mês de maio registrou 2,3 milhões de inadimplentes, um número crescente, desde então. De janeiro a maio deste ano, o número de pessoas nessa situação cresceu em mais de 168 mil. Conforme dados da Serasa, o valor médio da dívida do Ceará em maio era de R$ 1.059,38. O total de dívidas negativadas em todo o estado é de 8.779.663, totalizando mais de R$ 9 bilhões em dívidas.
Em todo o Brasil, a soma das dívidas chega a R$ 278,3 bilhões, uma média de R$ 4.179,50 por dívida. E segundo Caio Sanas, especialista em tributos, existe, sim, a possibilidade de se evitar o chamado superendividamento. É preciso, entre outras coisas, conciliar educação financeira e planejamento financeiro.
“Na maioria dos casos, o maior fator do superendividamento é o uso excessivo dos cartões de crédito, por isso o planejamento da receita financeira da residência com relação aos gastos é fundamental”, diz o especialista. Ainda. segundo Caio, “os segmentos de bancos e cartões possuem 28,18% dos débitos, enquanto contas básicas, como água, luz e gás, representam 22,74%”, aponta.
Já o recorte por faixa etária feito pelo birô de crédito (Serasa) mostra que os inadimplentes estão, em sua maioria, nas faixas de 26 a 40 anos de idade (35,2%) e de 41 a 60 anos (34,8%). E dentro dessa perspectiva de endividamento, o economista do Serasa, Luiz Rabi, dá algumas dicas: “a instabilidade econômica do país vem afetando grande parte da população. No entanto, algumas ferramentas como o saque extraordinário do FGTS e a antecipação do pagamento do 13º salário para aposentados podem, e devem ser utilizadas, para reorganizar as finanças pessoais, amenizar dívidas e tentar tirar o nome do vermelho”, afirma Rabi.
Fonte: Serasa.