Brasil apresenta a maior deflação da história

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A economia brasileira não para de surpreender o mundo. Enquanto o globo sofre com as mais altas taxas de inflação, devido aos sismos na economia provocados tanto pela pandemia como a guerra da Rússia na Ucrânia, o Brasil registra deflação. A queda de preços para um mês – 0,68% em julho – é a maior em toda a história dos registros inflacionários, que remontam aos anos 1980. Um recorde de 42 anos. Redução dos preços de combustíveis foi a principal causa da diminuição da carestia. Outro item com expressivo valor reduzido foi da conta de luz. Resultado da PEC dos Benefícios, com redução do ICMS. Na composição do índice, os alimentos ainda estão caros. Projeção de nova queda de preços neste mês de agosto.

Os índices comprovam por A + B que Bolsonaro estava certo quando propôs há alguns meses a redução dos impostos estaduais. Chegou a fazer um repto aos governadores: zerem os impostos de vocês, que eu zero os meus. Houve uma gritaria contra a proposta. Diziam que era falácia, que a redução de impostos ameaçaria os cofres estaduais sem efeito na inflação. A medida foi imposta via Congresso, com a aprovação da PEC, com resultados promissores.

Mesmo com a aprovação da emenda, governadores ainda resistiram a aplicar de imediato as medidas no Estado. No Ceará de Izolda Cela, por exemplo, não foi fácil. A governadora enviou uma mensagem para a Assembleia, sem pedir urgência, e ainda manteve dois pontos percentuais para um fundo de pobreza. No Brasil, o ICMS não passa de 18%. No Ceará, vai a 20%. Por causa dessa demora, deve haver nova queda de preços.

Além da redução da conta de energia, deve baixar também o preço dos alimentos, que estavam estocados com preços antigos. Com fretes menores, novos valores devem ser repassados aos consumidores. Em setembro, pode voltar a subir a inflação, pois o consumo deve ser turbinado com o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600, mas num nível razoável, ficando o índice acumulado de 12 meses abaixo dos dois dígitos.

Outra boa notícia tomou conta do mercado financeiro nesta terça-feira (9). O Banco Central divulgou a ata do Copom, sem aumento da taxa de juros, nem viés de subida, indicando que a escalada dos juros tende a se estabilizar e até mesmo cair. Com as medidas adotadas pela equipe econômica, o Brasil se projeta como o primeiro país a se recuperar do atoleiro em que se meteu o mundo. Na Argentina, a inflação beira os 70%.

Diante desse cenário, a bolsa de valores brasileira, ao contrário de suas congêneres mundo afora, registrou alta, fechando o pregão acima dos 108 mil pontos. O real é a moeda que mais se valorizou diante do dólar neste ano. O número de empregados, com mais de 98 milhões de brasileiros batendo o ponto, é outro recorde, demonstrando rigor na recuperação, pois este indicador é o mais resistente.

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