Reconhecimento facial pode proteger pessoas e dados, diz especialista

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Além das polêmicas criadas sobre esse tipo de ferramenta, a tecnologia captura, armazena e cuida das informações registradas.

Uma selfie e um número de CPF. É tudo o que empresas que utilizam reconhecimento facial com biometria precisam solicitar aos clientes para abrir uma conta, fazer pagamento sem cartão, alugar um carro ou utilizar a carteira do plano de saúde. “A tecnologia é eficiente e segura porque, em menos de cinco segundos, realiza diversas combinações e checagens para detectar fraudes e garantir que as interações sejam de fato feitas pelo real consumidor”, afirma o especialista no assunto Marcelo Zanelatto, diretor de M&A da Unico, empresa de identidade digital.

Foto: divulgação.

O reconhecimento facial biométrico é uma forma de autenticação que utiliza informações precisas sobre o rosto de um indivíduo como fonte de dados para identificar que cada pessoa é única. Nesse contexto, existem diversas formas de abordagem, mas o especialista divide a ação em dois segmentos distintos.

“O primeiro, é quando a pessoa se posiciona na frente da câmera, se ajeita, arruma um lugar iluminado e tira a foto para que sua identidade seja verificada. A segunda, ocorre quando o rosto de uma pessoa é capturado sem que ela saiba. Por exemplo, quando câmeras de segurança instaladas em postes captam a imagem de quem passa pela rua para supostamente identificar criminosos”, explica Zanelatto.

No que se refere à proteção de dados, o especialista explica que as fotos e as informações coletadas dos usuários nunca são compartilhadas com nenhuma outra empresa, “ou nunca devem ser”, reforça. Além disso, deve ser garantido que as pessoas saibam que as fotos delas estão sendo capturadas com a qualidade necessária para que a biometria seja extraída com altíssima assertividade.

Outra informação importante dada pelo especialista é que “os usuários tenham clareza do armazenamento das fotos e para qual finalidade serão utilizadas. Em muitos casos, o material é utilizado, exclusivamente, para validação da identidade e proteção do indivíduo. Para finalizar, sabemos que os verdadeiros titulares dos dados são as pessoas e não as empresas, então, quem está de posse dessas informações deve dar à pessoa a opção de sair da base a qualquer momento, por meio de um processo simples e prático”, diz.

Segundo uma pesquisa realizada pela empresa a qual Marcelo Zanelatto é diretor, 38 milhões de brasileiros acessaram serviços financeiros, digitalmente, entre 2019 e 2021. Alugar um carro, também, é uma forma de utilizar a tecnologia, lembra o empresário. “Quando a locadora trabalha com reconhecimento facial pode, simplesmente, tirar uma foto do cliente e pedir seu número de CPF, ao contrário de checar e digitalizar uma montanha de documentos”, pontua o especialista.

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