Saúde mental de jovens em pauta em setembro

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O momento discute a importância da escuta, do acolhimento e da autocompaixão no tratamento de adolescentes.

O dia 10 de setembro marca o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, momento para uma reflexão sobre o crescente aumento no número de casos de suicídio, especialmente, entre os jovens. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos.

Foto: reprodução.

De olho no cenário brasileiro, uma enquete realizada pela Unicef, com mais de 7,7 mil adolescentes e jovens de todo o Brasil, mostra que, recentemente, metade sentiu a necessidade de pedir ajuda sobre sua saúde mental. Outra pesquisa – Datafolha -, encomendada pelo Itaú Social, Fundação Lemann e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), divulgada em julho deste ano, indicava que cerca de 34% dos estudantes teriam dificuldades para controlar as suas emoções, segundo suas famílias.

A autora da pesquisa ‘Transmissão Intergeracional da Autocompaixão’, Adriana Drulla, mestre em psicologia positiva pela Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, explica que uma das motivações de seu estudo foi buscar entender por que adolescentes se deprimem cada vez mais.

Uma das grandes questões na adolescência hoje é o aumento da comparação social, tanto por conta das redes sociais, quanto, porque hoje os pais, a escola e a sociedade têm maiores expectativas com relação às crianças. “Essa sensação de ter que atingir expectativas altíssimas para se sentir bom o suficiente é um dos fatores que contribui para o aumento da depressão nesta faixa etária”, diz a psicóloga.

Adriana destaca a importância da autocompaixão na etiologia dos pensamentos suicidas e de automutilação. “Jovens com baixa autocompaixão, são mais propensos a terem sofrimento psicológico, como por exemplo depressão, ansiedade e distúrbios alimentares”, reflete. “Eles, também, reportam maior uso de álcool, automutilação e ideação suicida em comparação com aqueles que têm maior autocompaixão”, revela a autora. 

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