Pesquisadores avançam em tecnologia que lê mentes
A tecnologia poderá ajudar pacientes em coma profundo e na restauração da visão de pessoas que cegaram por motivo de doença ou acidente.
A Universidade Radbound na Holanda realizou um estudo com dois voluntários através de um grupo de neurocientistas tendo à frente Thirza Dado. Os voluntários tiveram áreas do cérebro responsáveis pela visão escaneadas por ressonância magnética. Os dados do escaneamento passaram por um algoritmo e inteligência artificial (IA) para reproduzir as imagens de rostos de pessoas criadas pelo cérebro dos voluntários.
Durante a pesquisa foram apresentadas aos participantes fotos de rostos de pessoas com o objetivo de captar a reação do cérebro ao recriar as imagens e o resultado foi muito satisfatório. O equipamento scanner de ressonância magnética funcional de leitura cerebral capta a atividade do cérebro através das alterações no fluxo sanguíneo. A inteligência artificial foi responsável em recriar as imagens visualizadas pelos participantes.
De acordo com Thirza Dado, coordenadora da pesquisa, o algoritmo pode ler tanto rostos visualizados pelo ser humano quanto outros imaginados. A coordenadora afirma ainda que os resultados poderão ajudar a medicina e outras áreas no futuro.
A tecnologia seria muito útil na restauração da visão de pessoas que cegaram e também na comunicação de pacientes em coma profundo facilitando a construção de retrato falado mais fiel de criminosos. As imagens tracejadas foram as apresentadas para os voluntários e as outras foram as criadas pelo cérebro dos participantes.