Esmalte pode prejudicar a unha, sem o devido cuidado
Dermatologistas explicam.
As unhas protegem as extremidades dos dedos das mãos e dos pés, auxiliam na manipulação de objetos pequenos e conferem autocuidado, higiene e beleza quando esmaltadas. Elas têm muitas funções, por isso requerem cuidados especiais que, nem sempre, os esmaltes podem fornecer, podendo até prejudicá-las se deixados por muito tempo.
Apesar do uso comum dos esmaltes, entre homens e mulheres e, até mesmo crianças, a utilização prolongada traz maior risco de ocorrências adversas. Dentre estas, unhas mais frágeis devido ao ressecamento ungueal, alteração na coesão entre as células que formam a unha e reações alérgicas.
Além do mais, “algumas substâncias dos esmaltes são absorvidas pelo nosso organismo, seja pelo contato por inalação e, até mesmo, ingestão”, afirma a farmacêutica Juliana Rodrigues Cardoso. E acrescenta, que “após a absorção, essas substâncias são metabolizadas, chegando a nossa corrente sanguínea e são excretadas na urina”. É importante ressaltar que o esmalte pode, também, prejudicar a unha se for utilizado por pessoas que não tenham indicação de uso ou que tenham alergias à fórmula ou, ainda, se for utilizado de forma inadequada.
“Sabemos que existem solventes no esmalte, que se forem deixados muito tempo na unha podem levar a uma digestão das proteínas que formam a unha”, adverte a dermatologista Tatiana Villa Boas Gabbi. “Surgem, então, áreas granuladas, de aparência esbranquiçadas, chamadas de pérolas de queratina, causando aspereza no local”, destaca.
Outros prejuízos que o esmalte pode causar para as unhas —não o convencional, mas o esmalte em gel— é o descolamento e a alteração do leito da unha naquelas pessoas que apresentam alergia aos acrilatos, compostos do produto. “Com o descolamento, não há mais aderência da lâmina à unha, deixando um aspecto feio e incômodo”, completa Gabbi. Por outro lado, a dermatologista lembra que, na maior parte das vezes, o esmalte pode ser protetor, principalmente os terapêuticos que reforçam a estrutura da unha. “Eles podem ser utilizados inclusive para tratamento de micose, como os antifúngicos”, garante Gabbi.
A dermatologista diz que na maior parte das vezes, o esmalte pode ser protetor, principalmente, os terapêuticos, que reforçam a estrutura da unha. “Eles podem ser utilizados, inclusive, para tratamento de micose, como os antifúngicos”, garante Gabbi. Uma questão importante é saber escolher o produto adequado. Dependendo do esmalte escolhido, ele pode promover ressecamento, enfraquecimento, manchar ou amarelar.
Fonte: Viva Bem Uol.