“Dahmer: Um Canibal Americano” é a mais recente série de crimes reais da Netflix, e explora a história de um dos mais notórios assassinos em série dos EUA, o temido Jeffrey Dahmer.

Entre os anos de 1978 e 1991, Dahmer, conhecido como o Monstro de Meewalke, cidade onde morava, matou 17 homens e meninos, até ser finalmente capturado em julho de 1991, depois que uma de suas vítimas, Tracy Edwards, conseguiu escapar e disse à polícia que achava que seria assassinado.

Porém, Jeffrey não durou muito na prisão, para onde foi levado, após ser condenado a perpétua. Lá, ele encontrou seu carrasco, que decidiu por um ponto final na vida do serial killer. Seu nome? Christopher Scarver.

Dahmer se declarou culpado, em 15 dos 17 assassinatos que confessou ter cometido e, em fevereiro de 1992, o júri o considerou responsável, com a condenação a 15 sentenças consecutivas de prisão perpétua. Dahmer recebeu 941 anos de prisão, mas cumpriu menos de três anos, antes de morrer.

Dahmer foi definido para cumprir sua sentença na Columbia Correctional Institution, em Wisconsin. Devido à atenção que ele e seus crimes receberam, os funcionários da prisão sentiram que era mais seguro manter o homem longe da população em geral. O assassino confesso foi isolado de outros prisioneiros sob custódia protetora, sendo mantido algemado quando não estava em sua cela.

Após seu primeiro ano na prisão, Dahmer solicitou mais liberdade de movimento e interação com outros prisioneiros. Ele foi autorizado a assistir às aulas, comer refeições comunitárias e fazer deveres de trabalho. Enquanto estava na prisão, ele contava piadas e provocações e dizia aos prisioneiros “eu mordo”.

As provocações de Dahmer enervaram um prisioneiro, Christopher Scarver. Em novembro de 1994, Dahmer estava fazendo limpeza nos banheiros do ginásio da prisão. Ele e outros dois prisioneiros, Jesse Anderson e Christopher Scarver, foram deixados sozinhos por 20 minutos.

Quando os guardas da prisão voltaram, encontraram os corpos espancados de Dahmer e Anderson. Christopher Scarver espancou Jeffrey Dahmer até a morte, declarada cerca de uma hora depois que os guardas encontraram seu corpo.

Em 2015, Christopher Scarver revelou ao New York Post sua motivação para matar Jeffrey Dahmer. Scarver disse que seus olhos pareciam impenitentes sobre os crimes que ele havia cometido, alguns dos quais incluíam desmembrar e comer pessoas. Scarver disse que “ele cruzou a linha com algumas pessoas – prisioneiros, funcionários da prisão. Algumas pessoas que estão na prisão estão arrependidas – mas Dahmer não era uma delas”, reforçou.

O home, ainda alegou que Dahmer usava pacotes de ketchup para imitar o sangue e moldava a comida da prisão na forma de partes do corpo para fazer jus ao seu apelido de Canibal. As alegações de Scarver foram apoiadas pelo pastor do príon, Roy Ratcliff, que disse que Dahmer “tinha um pôster da Reunião dos Canibais Anônimos em sua cela”.

No entanto, essa alegação foi desmascarada depois que o advogado de Dahmer, Gerald Boyle, disse que insultar não era o “estilo” de Dahmer. “Ele matou pessoas, mas não insultou as pessoas. Nunca o vi fazer nada que me levasse a acreditar que ele imitaria as mortes que causou. Eu simplesmente não acredito nisso”, disse o advogado.

Christopher Scarver foi condenado à prisão perpétua em 1990 pelo assassinato de Steven Lohman, um trabalhador do Wisconsin Conservation Corps. Foi relatado que Scarver começou a beber e ouvir vozes chamando-o de “o escolhido” depois que ele foi demitido de seu emprego. Scarver voltou ao seu antigo local de trabalho e exigiu dinheiro de um gerente do site e quando recebeu US$ 15, Scarver atirou em Lohman três vezes.

Ele foi condenado à prisão perpétua e foi enviado para a Columbia Correctional Institution em Wisconsin. Em 2003, Scarver foi transferido para uma instalação no Colorado com três dúzias de outros presos com doenças mentais “em resposta a uma ação coletiva movida pelos presos”. O ator americano Furly Mac, interpreta o papel de Scarver na série da Netflix, Dahmer: Um Canibal Americano.

Hoje, Christopher Scarver ainda está na prisão cumprindo várias penas perpétuas. Desde sua entrevista ao New York Post, Scarver refutou muitos detalhes no artigo. Hoje em dia, Scarver escreve poesia e composições musicais, e até escreveu um livro chamado The Child Left Behind em 2015.

Fonte: Popmais.