Íngua no pescoço merece atenção

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É preciso ficar atento a qualquer alteração no organismo, mas quando surge algum caroço no pescoço, muitas vezes, há o medo que seja algo mais grave.

Conhecidas popularmente como ínguas, as linfonodomegalias ocorrem quando os gânglios linfáticos ficam inchados devido a algum problema de saúde. “Vale destacar que os gânglios linfáticos são estruturas que ajudam na defesa de invasores e atuam como se fossem filtros contra microrganismos e produzem anticorpos”, diz Nathalia Cavalcante Pinto, cirurgiã de cabeça e pescoço do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI).

Os gânglios estão localizados em diversas regiões do corpo. Por isso, além do pescoço, área de maior concentração, aparecem ínguas nas axilas e na virilha. Esses caroços, geralmente, são pequenos, semelhantes a uma ervilha. Na maioria das vezes, são macios ao toque e costumam até doer um pouco ao serem pressionados. De acordo com Nathalia Cavalcante, o aumento dos linfonodos pode ser benigno, ou seja, não oferecer riscos, desaparecendo sozinho. “Mas há casos que merecem atenção, já que indica o sintoma de alguma doença que precisa de tratamento, como alguns tipos de cânceres”, diz Nathalia.

A causa mais comum de aparecimento das ínguas é alguma infecção no organismo, dizem os médicos. Entre os problemas de saúde que provocam a íngua estão as infecções virais, sarampo, abcesso dentário, infecções de ouvido, garganta e pele, além da infecção causada pelo vírus Epstein-Barr (mononucleose). “Os quadros infecciosos levam ao aumento transitório dos linfonodos por cerca de duas ou três semanas. Na maioria das vezes, o sintoma desaparece sozinho, logo que a infecção passa”, afirma Alexandre Bezerra, também cirurgião de cabeça e pescoço do Hospital Santa Paula.

Os médicos ainda dizem que quaisquer agressões à região do pescoço e rosto podem causar a linfonodomegalia. No caso da picada de inseto, em geral, há uma reação inflamatória inicial e também a possibilidade de a pessoa desenvolver um processo alérgico. Em crianças, provoca uma infecção secundária associada, o que aumenta o risco de surgir a íngua.

No que se refere a tratamento, durante a consulta, após análise do histórico do paciente, o médico solicita exames de sangue e de imagem para avaliar melhor o linfonodo no pescoço. Geralmente, o indivíduo realiza raio-X, ultrassom, tomografias computadorizadas e ressonância magnética para ver as características e tamanho dos gânglios alterados. Em alguns casos, é solicitada uma biópsia para remover uma amostra de células do local e eliminar ou confirmar a suspeita de câncer.

O tratamento varia de acordo com a causa da íngua no pescoço. No caso de uma infecção, indicam-se antibióticos ou medicamentos antivirais para eliminar a condição responsável pelos gânglios linfáticos inchados. Além disso, quando há dor, são prescritos remédios para melhorar o desconforto.

Fonte: Viva-Bem Uol.

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