Neymar voltou a presta declarações ao Ministério Público, na manhã dessa terça-feira, 18 de outubro.

Ao prestar depoimento sobre as supostas irregularidades na polêmica transferência do Santos para o Barcelona em 2013, o jogador Neymar afirmou que assinava os documentos apresentados por seu pai. “Eu assino o que ele pede”, disse o jogador de futebol, ao ser questionado pela promotoria.

Ao ser perguntado se intercedeu nos contatos com o Barcelona para sua transferência, o atacante de 30 anos disse que não lembrava e sobre as negociações de contratos. Meu pai sempre cuidou de tudo, sempre foi responsável por isso”, alegou.

A promotora acusa o jogador de corrupção, e pede dois anos de prisão para ele, além do pagamento de multa de 10 milhões de euros (cerca de R$ 51,8 milhões). Vale destacar que no primeiro dia do processo, segunda-feira, 17, Neymar não fez nenhuma declaração. O depoimento do atacante foi antecipado a pedido de seus advogados. Eles alegaram que o atleta deve jogar nos próximos dias pelo PSG, no campeonato francês e na Liga dos Campeões.

Processado por corrupção em Barcelona a apenas um mês do início da Copa do Mundo do Catar, Neymar Jr. não precisará retornar presencialmente ao julgamento, mas é possível que tenha que falar novamente até o fim do processo, em 31 de outubro, por videoconferência.

A partir de 20 de novembro, Neymar Jr. comandará a seleção do Brasil na Copa do Mundo. Seu advogado conseguiu uma autorização para que o atacante e seus pais, também processados, deixassem o tribunal por algumas horas durante a audiência inicial.

O jogador estava cansado depois de disputar uma partida no último domingo, 16, à noite, quando fez o gol da vitória do PSG contra o Olympique de Marselha pelo campeonato francês.

“Eu gosto muito de futebol, sei que o senhor Neymar Júnior ontem estava em campo pelo PSG contra o Olympique de Marselha. Sei que estava fazendo seu trabalho e marcando um gol. Portanto, está dispensado e seus advogados saberão quando ele tem que voltar”, chegou a dizer o juiz, arrancando até um sorriso do atleta.

Acusado do crime de corrupção empresarial, o Ministério Público pede para Neymar dois anos de prisão e o pagamento de multa de 10 milhões de euros.

Seus pais, os ex-presidentes do Barcelona Sandro Rosell e Josep Maria Bartomeu e o ex-presidente do Santos Odílio Rodrigues Filho também são processados, assim como três pessoas jurídicas: FC Barcelona, Santos FC e a empresa fundada pelos pais do jogador para administrar sua carreira.

Todos são acusados pelo fundo de investimentos DIS, que possuía parte dos direitos econômicos de Neymar quando ele era uma jovem promessa, pela suposta ocultação do valor real de sua transferência para o Barça em Barça em 2013.

Fonte: O fuxico.