Cirurgia de catarata pode corrigir outros problemas de visão

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De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a catarata é responsável por 51% dos casos de cegueira no mundo.

Os dados relacionados à catarata, segundo a OMS, representam 20 milhões de pessoas. Segundo a SBO (Sociedade Brasileira de Oftalmologia), surgem cerca de 550 mil novos casos no Brasil por ano. Apesar de a cirurgia para solucionar esse problema ser considerada segura e ter grande chance de sucesso, muitos desconhecem informações fundamentais para que o resultado seja totalmente satisfatório..

Ter catarata significa que a lente natural do corpo, o cristalino, não se encontra mais transparente, como diz o próprio nome dessa estrutura. Ou seja, há perda parcial ou total da sua transparência, dificultando a entrada da imagem dentro dos olhos e sua captação pela retina. O paciente observa prejuízo da visão para executar tarefas que antes eram feitas sem dificuldade. A certeza desse diagnóstico ocorre durante exame feito pelo médico oftalmologista. Outras causas são identificadas ou excluídas neste momento, desde a simples necessidade de óculos para obter a melhora necessária, até condições graves como retinopatia diabética e oclusões de vasos da retina.

Até o momento, a única maneira conhecida por médicos de todo o mundo para curar a catarata é com a cirurgia. Ainda não existem terapias alternativas ou medicamentos que possam reverter o quadro. Na cirurgia, o cristalino opacificado será substituído por uma lente artificial que é colocada no interior do olho. O procedimento, considerado simples e seguro, dura em torno de dez minutos. O paciente volta para casa no mesmo dia.

Atualmente, além de corrigir o cristalino opaco do olho usando uma lente artificial, muitos aproveitam a cirurgia de catarata para solucionar outros problemas de visão, como miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia (a conhecida “vista cansada”). Há diferentes tipos de lentes, o que faz com que o procedimento seja cada vez mais individualizado e tenha grande variação de preço.

Newton Andrade Júnior, presidente da Sociedade Norte e Nordeste de Oftalmologia, sediada em Fortaleza, alerta que o planejamento cirúrgico é fundamental. “A conversa com o médico é importante para que o paciente perceba as limitações que todas as lentes irão ter, mas também veja as vantagens que oferecem. Costumo dizer que esse entendimento não vai mudar o resultado, mas, sim, a satisfação”, destaca Júnior.

Uma avaliação criteriosa dessa catarata é muito importante, porque o paciente pode ter problemas em outra estrutura do olho, como retina ou nervo óptico. Para cada tipo de situação haverá uma indicação e até contraindicação. O mais importante é seguir os cuidados de repouso pós-operatório, usar os colírios antibióticos e anti-inflamatórios recomendados. Um sinal de que a lente pode ter se deslocado é a visão que já estava progressivamente melhorando piorar muito rapidamente. Dor forte também é um importante alerta para retornar ao médico.

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