Falta medicamentos e insumos no IJF no Ceará

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A reclamação é do Sindicato dos Médicos do Estado.

A denúncia da falta de insumos, medicamentos e outros materiais importantes no Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza vem crescendo nos últimos dias. De acordo com o sindicato do médicos do Ceará, na sexta-feira (21 de outubro), foi enviado um ofício à superintendente da unidade, Dra. Riane Barbosa, expressando detalhes sobre a situação do hospital.

De acordo com os sindicalistas, atualmente, estão em falta medicamentos como anti-hipertensivos; bicarbonato; vasopressores, tais como noradrenalina e epinefrina; omeprazol, que falta periodicamente; soro fisiológico; medicação de sedação; medicação de analgesia, entre outros. Além disso, há mais de uma semana estaria faltando equipamento de bomba de infusão ou mesmo o equipamento de microgotas para sedar os pacientes entubados da emergência com trauma crânio encefálico (TCE) grave.

O presidente do Sindicato, Dr. Leonardo de Alcântara, afirma que a situação de desabastecimento chegou a níveis críticos e alarmantes. Segundo ele, são materiais considerados básicos e essenciais em unidades de saúde do porte do hospital. “Algumas medicações faltam com recorrência, de semanas a meses, como os analgésicos e antibióticos”, pontua Alcântara.

A gerente jurídica do Sindicato dos Médicos, Dra. Thaís Timbó relembra que o IJF é referência no Ceará como hospital de trauma. “Essa ausência de medicamento vai impactar diretamente no tratamento dos pacientes que precisam exclusivamente do IJF”, afirma. Timbó chama atenção, ainda, para a possibilidade de que a situação acarrete um aumento de falta de leitos, uma vez que os pacientes poderão precisar de mais tempo para se recuperarem no hospital.

“É um prejuízo, sem dúvidas, absurdo para todo o estado”, alerta. Nesse contexto, a gerente jurídica do sindicato afirma que a sugestão para evitar que o problema se repita no futuro é a criação de um estoque dos medicamentos mais essenciais e que haja um sistema para identificar a redução de recursos antes que tais remédios e insumos, de fato, acabem. “Acredito que isso é o ideal, pois, é muito prejudicial a falta de qualquer medicação”, declara a Dra. Thaís Timbó.

A denúncia do Sindicato dos Médicos detalha ainda que, segundo relatos, durante meses, o hospital só contou com ceftriaxone e polimixina como opções de antibióticos. Ambos são considerados medicamentos potentes, o que gerou resistência bacteriana, de forma que estão ocorrendo com frequência infecções resistentes até à polimixina. “Também houve falta de antibióticos para tratamento de bactérias multirresistentes (gentamicina, amicacina), assim como a ausência de glicose, glicemia e sedativos para os pacientes entubados”, disse o informativo do sindicato.

O Jornal O Estado procurou o Instituto Dr. José Frota para prestar esclarecimentos sobre a denúncia de desabastecimento na unidade, mas até o fechamento da reportagem, o IJF não havia se manifestado sobre o assunto.

Fonte: Jornal o Estado.

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