Fumar aumenta risco de câncer de bexiga

Compartilhe

O tabagismo figura em primeiro lugar, entre os fatores de risco para a doença, alertam os médicos.

Além da preocupação em relação ao câncer de bexiga e o tabagismo, estudos apontam que existem cerca de 30 atividades do trabalho que aumentam a chance de vir a ter esse tumor. As práticas expõem os trabalhadores a agentes químicos industriais e orgânicos todos os dias. Embora as causas dessa enfermidade ainda não tenham sido totalmente esclarecidas, sabe-se que ela é mais frequente entre pessoas com idade superior a 60 anos e, no Brasil, estima-se que, no período entre 2020 e 2022, ele afete cerca 7.500 homens e 3.050 mulheres.

Esse tipo de câncer é considerado o 7º mais incidente na população masculina, e é o 14º entre as mulheres. Os dados são do Inca (Instituto Nacional do Câncer). O Inca, também informa que boa parte desses casos poderia ser prevenida com medidas cautelosas como fumar e usar EPI (Equipamento de Proteção Individual); e os médicos esclarecem que, quando o tumor é diagnosticado em sua fase inicial, ele é passível de cura. A principal estratégia terapêutica é a cirurgia. Nos quadros mais avançados, essa intervenção poderá ser associada à quimioterapia e à imunoterapia.

“A doença decorre da multiplicação e do crescimento desordenados das células. Quando isso ocorre na bexiga, a enfermidade é definida como câncer de bexiga. Existem vários tipos de tumor nessa região, mas o mais comum é o carcinoma urotelial, o que representa 90% dos casos. Ele tem esse nome porque se manifesta a partir das células uroteliais, ou seja, os tecidos que recobrem as membranas dessa região”, explica o médico Matheus Guimarães, oncologista clínico.

Este tipo de câncer é mais comum entre homens, e o risco dele se manifestar aumenta com o avanço da idade. Por esta razão, a doença é mais frequente entre pessoas com idade superior a 55-60 anos. Além disso, de acordo com estudos internacionais, o tumor acomete mais indivíduos brancos que os afrodescendentes, e também existem mais casos em países em desenvolvimento. Em locais nos quais a doença também tem como causa infecções por esquistossomose, o número de casos é 2 vezes maior, quando comparado a regiões desenvolvidas.

Alguns fatores relacionados ao câncer de bexiga não podem ser controlados como a idade, o gênero, a raça e o histórico familiar. No entanto, algumas medidas podem ser tomadas para evitar situações relacionadas ao aumento do risco para a sua manifestação. “Entre elas estão: evitar fumar. limitar a exposição a agentes químicos no trabalho usando EPI (Equipamento de Proteção Individual), manter-se hidratado (beber de 1 a 2 litros de água por dia), e adotar uma dieta saudável, incluindo frutas e verduras em abundância”, diz o médico médico Matheus Guimarães.

Fonte: Uol Saúde.

Você pode gostar...

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Skip to content