Médico acusado de agredir mulher é encontrado morto em cela

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Clayton da Silva Dias, 48 anos, estava preso desde novembro de 2022.

O médico Clayton da Silva Dias, 48 anos, preso após agredir a própria mulher e causar fraturas na vítima, foi encontrado morto em uma das celas da unidade prisional de Sobral, na última sexta-feira (27).

Clayton estava recolhido na penitenciária desde o dia 10 desde novembro. A polícia tomou conhecimento das agressões causadas por ele após a vítima dar entrada em uma unidade de saúde no município de Cruz, com fraturas na face e no fêmur. Na ocasião, a mulher confirmou que já havia sido espancada outras vezes pelo marido.

Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), desde a chegada dele ao sistema prisional, o interno foi acompanhado pelo serviço social, médico e psicológico da unidade, devido ao quadro de depressão. Porém, ele tirou a própria vida.

“Ele participava de atividades de trabalho na unidade e teve sua última avaliação clínica no dia 25 de janeiro, dois dias antes do seu falecimento. Na manhã do dia 27, o interno usou o seu horário de se barbear para cometer suicídio”, disse a Secretaria.

Ainda conforme a SAP, ao encontrar o médico ferido, a equipe de saúde da unidade prisional realizou os primeiros socorros e acionou o Samu, que constatou o óbito.

Histórico de agressões

Clayton havia sido preso pelo mesmo crime em 2021, quando riscou as costas da mulher com uma faca, de acordo com o que disse à época o delegado Júlio Cesár Chiarini, que investigou o caso.

“Nós fomos informados que deu entrada em um hospital aqui da cidade uma mulher com diversas lesões pelo corpo. Estava com o rosto bastante desfigurado, bastante inchado, por agressões. E essas agressões seriam do marido dela. Com as informações, nós diligenciamos até o hospital, confirmamos a agressão. Em conversa com ela, ela relatou que foi o marido dela que havia agredido e que não seria a primeira vez que ele faz isso”, disse o delegado Júlio Cesár Chiarini.

A polícia fez buscas e localizou o médico, que não resistiu à prisão. Ele foi conduzido a uma delegacia, onde foi descoberto que ele já tinha um histórico e violência.

Ainda segundo o delegado Chiarini, o médico negou as agressões e disse na delegacia que a vítima havia se machucado sozinha. Ele foi autuado por lesão corporal gravíssima no contexto de violência doméstica e familiar e violência psicológica.

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