O (DES)GOVERNO SOBRALENSE

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Nos anais da historiografia somos convidados a reconhecer os imperativos anacrônicos. Anacronismo é levar ao passado uma ideia, um sentimento, um valor estranho a sua época.

Dessa forma, somos muitas vezes compelidos a enxergar o processo politico na cidade de Sobral nas últimas décadas como um arcabouço que nos projeta ao Leviatâ.

O Leviatâ é uma expressão categórica da obra do autor inglês Thomas Hobbes em meados do século VXII, onde é possível reconhecer o crescimento do poder do estado dizimando qualquer possibilidade de reconhecimento da cidadania.

Nas interfaces acadêmicas sinaliza o poder estatal como um verdadeiro monstro “que a todos enxergam e a todos cercam”.

Nessa Sobral aristocrática a mão nada invisível desse estado cerceia as liberdades individuais e afronta a participação popular nos espaços comunitários e de decisão política. A escolha dos membros para os Conselhos Municipais de Educação, da Saúde e da Assistência Social, reforça essa perspectiva e escancara a predileção do Poder Municipal na “seleção natural” desses participantes.

Eita nós!            

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