Ceará atinge a marca de 63 açudes sangrando

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O Ceará atingiu a marca de 63 açudes sangrando em 2023. O número é o maior desde 2011, quando foram registrados 67 açudes nesta condição. Os dados são da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Outros reservatórios ainda podem verter nos próximos dias, já que 11 açudes estão com volume acima de 90% da capacidade total.

O volume de água aportado nos reservatórios até aqui foi da ordem de 9,105 bilhões de metros cúbicos. A reserva hídrica atual corresponde a 49% da capacidade total dos 157 reservatórios monitorados pela Cogerh.

A Região do Baixo Jaguaribe está com os reservatórios com 100% da sua capacidade.

As regiões do Acaraú, Coreaú e Litoral estão com volumes acima de 90%. Já as regiões do Salgado, Serra da Ibiapaba e Alto Jaguaribe estão com mais de 60% das reservas.

Enquanto isso, as regiões do Curu e Sertões de Crateús passaram para o estado “em alerta“, que é quando as reservas marcam entre 30% a 50% de volume.

Só a bacia do Médio Jaguaribe se mantém em estado “crítico”, com volume abaixo de 30%.

Açude Araras
O açude Araras, localizado no município de Varjota, na Região Norte do Ceará, chegou a 100% de sua capacidade. O Araras é o quarto maior reservatório do estado e tem capacidade para armazenar até 859 milhões de metros cúbicos de água.

A barragem sangrou pela última vez há quase três anos, no dia 26 de abril de 2020. Antes de 2020, o açude havia sangrado nos anos de 2011, 2009 e 2004.

Segundo a Cogerh, o Açude Araras fica próximo ao rio Acaraú, que corta os municípios de Pires Ferreira, Hidrolândia e Santa Quitéria. A água do açude é usada para atividades ligadas a piscicultura e serve também para o abastecimento humano nas cidades de Reriutaba, Ipu, Hidrolândia e Varjota.

O reservatório foi construído em 1951 pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e desde então possui grande relevância socioeconômica para a região norte do Ceará.

Castanhão, Orós e Banabuiú
Os três maiores açudes cearenses seguem com bons aportes, atingindo os maiores níveis dos últimos anos. O Açude Orós, por exemplo, chegou a 4,7% no começo de 2020 e, agora, atingiu a marca dos 63,02%, melhor número desde março de 2013.

O Açude Banabuiú chegou a estar praticamente seco entre 2015 e 2018, no auge da seca, e hoje possui 37,70%. A reserva mais que triplicou em menos de um mês em 2023.

Já o gigante Castanhão estava com 30,89% em 2018 e continua recuperando volume, que agora bate 29%, maior percentual desde dezembro de 2014.

Fonte- G1

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