Casal que sobreviveu a terremoto na Turquia recomeça a vida no interior do Ceará

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A enfermeira Amina Nahan e o marido Farred, sobreviventes do terremoto que matou mais de 35 mil pessoas na Turquia, estão recomeçando a vida na cidade de Missão Velha, no Cariri cearense, como refugiados após o retorno ao Brasil em fevereiro deste ano.

Nesta terça-feira (20), data em que se comemora o Dia Mundial do Refugiado, Amina falou sobre a condição de ser refugiada no próprio país.

“Esse dia é muito importante para a conscientização das pessoas, para que quando eu veja o Farred ou outro refugiado qualquer, eles olhem e vejam um ser humano que precisa de acolhimento”, falou Amina Nahan.

Natural de Juazeiro do Norte, a enfermeira prestava serviço humanitário na Turquia, onde morava com o marido. Com o terremoto, o casal perdeu a casa e todos os bens que tinham nela. Há quatro meses eles foram morar no município de Missão Velha, mas estão desempregados e sobrevivem com doações.

“O refugiado nada mais é do que um migrante forçado. Ele não é aquele migrante que pega as coisas dele e vai tentar uma vida nova. Ele é o migrante, mas por sua vez ele é forçado por causas religiosas, por conflitos armados, por perseguições. Até coisas horríveis em relação aos direitos humanos, que eles ficam totalmente sem os direitos humanos e é uma maneira de sobreviver”, disse Amina.

Segundo o Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante (PAAHM), só em 2022, 900 pessoas foram atendidas no Ceará em busca de refúgio.

Aqui no Estado, o Posto dispõe de uma equipe multidisciplinar para acolher as demandas deste público e promover articulação com as áreas de saúde, educação, trabalho, assistência social, habitação, segurança, regularização documental, dentre outras relacionadas à proteção dos direitos humanos.

O PAAHM oferta ainda plantão psicológico e, através da parceria com a Pastoral do Migrante, contribuindo para a regularização documental deste público.

Fonte- G1

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