A violência é o fator que mais cresce no Brasil, dando provas do fracasso da segurança pública, que já não passa de um faz de conta. No passado, o tema servia de bandeira para candidatos e partidos políticos, no entanto, dado ao crescimento das organizações criminosas e a adesão de grande parte da população de jovens, a classe política vem se esquivando de tecer críticas e fazer represálias aos contraventores, temendo perder votos dos envolvidos.
Essa realidade reflete o estado de abandono em que vive a sociedade, que dia a dia está mais refém do crime organizado. Como se não bastasse o descaramento dos políticos diante de um fato tão grave, há uma enorme indisposição da parte das polícias e uma lerdeza da justiça. O circo está pegando fogo e ninguém se atreve a jogar o primeiro balde de água. Essa é uma das novelas sem final feliz.
A indiferença dos poderes ante o crescimento acelerado da violência, a inoperância da autoridade policial e o silêncio das demais classes apontam para uma possível tomada de poder por parte do crime organizado, sobrepondo-se às instituições desorganizadas do Brasil, que estão cada dia sendo dominadas. Não demora e teremos nos pleitos eleitorais a participação de crime organizado disputando o poder da Nação, e aí surgirão interrogações do tipo: e por que não experimentar esse modelo, já que o político não resolve nada mesmo?
É fato, o Brasil está sendo completamente dominado, isto porque estão abrindo as portas para os comandos e negando oportunidades de defesa para os cidadãos.