Inflação oficial deve fechar o ano em 4,9%, acima do teto da meta

Foto: Agência Brasil
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A projeção consta do Boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC)

O mercado financeiro elevou a estimativa para a inflação oficial do país em 2023, de 4,84% para 4,9%. A projeção consta do Boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC), que reúne as expectativas de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

A inflação oficial é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em julho, o IPCA foi de 0,12%, influenciado pelo aumento da gasolina. No acumulado de 12 meses, o índice ficou em 3,99%, acima dos 3,16% registrados até junho.

A projeção do mercado para o IPCA em 2023 está acima do limite superior da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, a inflação pode variar entre 1,75% e 4,75% sem que o BC descumpra a meta. Segundo o último Relatório de Inflação do BC, a probabilidade de a inflação ultrapassar o teto da meta em 2023 é de 61%.

Para os próximos anos, as projeções do mercado para o IPCA são de 3,86% em 2024, 3,5% em 2025 e 3,5% em 2026. Todas essas estimativas estão dentro do intervalo de tolerância das metas definidas pelo CMN.

Para tentar controlar a inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, que está atualmente em 13,25% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC iniciou neste mês um ciclo de redução da Selic, depois de elevá-la por 12 vezes consecutivas desde março de 2021.

A expectativa do mercado é que a Selic termine 2023 em 11,75% ao ano e caia gradualmente até chegar a 8,5% ao ano em 2025 e em 2026. A taxa básica de juros influencia o custo do crédito e o nível de poupança na economia. Quando a Selic sobe, o crédito fica mais caro e a poupança mais atrativa. Quando a Selic cai, ocorre o contrário.

O mercado financeiro também manteve a previsão para o crescimento da economia brasileira este ano em 2,29%. Para os próximos anos, as estimativas são de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – em 1,33% em 2024, 1,9% em 2025 e 2% em 2026.

A previsão para a cotação do dólar ficou em R$ 4,95 para o fim deste ano e R$ 5,00 para o fim de 2024.

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