Entidades pedem adiamento das mudanças no ensino médio para 2025
O pedido foi feito em um documento em resposta à consulta pública aberta pelo ministério sobre o novo ensino médio
As entidades que representam os secretários estaduais de Educação e os conselhos de Educação de todo o país solicitaram ao Ministério da Educação (MEC) que as eventuais mudanças no ensino médio sejam implementadas somente a partir de 2025. Eles alegam que o novo ensino médio já está em vigor em todas as unidades da federação e que alterações no currículo exigiriam um período de adaptação.
O pedido foi feito em um documento conjunto do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Conselho Nacional de Educação (CNE) e Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais e Distrital de Educação (Foncede), enviado ao MEC nesta segunda-feira (21). O documento é uma resposta à consulta pública aberta pelo ministério sobre o novo ensino médio, que termina no dia 31 de agosto.
O novo ensino médio prevê uma carga horária de 3 mil horas, das quais 2,1 mil horas são destinadas à formação geral básica, definida pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), e 900 horas aos itinerários formativos, que são áreas de aprofundamento escolhidas pelos estudantes. Os itinerários podem ser nas áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e sociais ou educação profissional e técnica.
No documento, as entidades defendem a manutenção dessa estrutura e pedem que não haja redução dos itinerários formativos de dez para dois, como propõe o MEC. Eles também defendem a continuidade do ensino a distância (EaD) tanto na formação geral básica quanto nos itinerários formativos, como forma de garantir a oferta do novo ensino médio em todas as regiões do país, especialmente no turno noturno e nas áreas rurais e indígenas. Eles argumentam que o EaD é necessário para superar os desafios de infraestrutura, transporte escolar e falta de professores.