Vacina bivalente é a melhor opção contra Ômicron e suas variantes
A recomendação do Ministério da Saúde é que todas as pessoas tomem a vacina bivalente
O Brasil está ampliando a oferta da vacina bivalente contra a covid-19, que é capaz de neutralizar a variante Ômicron e suas subvariantes, como a Éris, que já foi registrada em alguns estados. A vacina bivalente é uma atualização dos primeiros imunizantes fabricados contra a covid-19 e protege contra a cepa original do coronavírus e as subvariantes ômicron. Ela foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em novembro de 2022 e faz parte do plano nacional de vacinação contra covid-19 para 2023. A vacina bivalente da Pfizer tem a tampa de cor cinza, enquanto a monovalente tem a tampa roxa.
A recomendação do Ministério da Saúde é que todas as pessoas tomem a vacina bivalente, que está disponível nos postos de saúde de todo o país. Nesta sexta-feira (2), acontece o Dia D de Multivacinação, uma oportunidade para que as crianças completem a caderneta de vacinação e para que as pessoas acima de 60 anos tomem a dose de reforço da vacina bivalente contra a covid-19. O ministro da Saúde, Dr. Luizinho, alertou que “neste momento, a melhor forma de prevenção contra o vírus, incluindo a subvariante Ômicron EG.5.13, conhecida como Éris, é a vacina bivalente”.
A subvariante Éris foi detectada pela primeira vez no Brasil na cidade do Rio de Janeiro na última quarta-feira (30), em um paciente de 46 anos que não havia tomado a dose de reforço da vacina bivalente. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, ele está em isolamento domiciliar e passa bem. A secretaria orienta que todas as pessoas maiores de 12 anos tomem a dose de reforço da vacina bivalente, que mantém a proteção contra casos graves da variante Ômicron.
Outros casos da variante Ômicron também foram confirmados no Brasil, envolvendo uma mulher de 34 anos e um bebê de um ano, que são da mesma família e voltaram recentemente de uma viagem à Chapada dos Veadeiros (GO). Eles apresentaram sintomas leves da doença e estão em recuperação. As amostras coletadas foram analisadas pelo Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que confirmou a infecção pela variante Ômicron.
A variante Ômicron é considerada uma variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pois apresenta mais de 50 mutações em relação à cepa original do coronavírus, algumas delas associadas à maior transmissibilidade e à possível redução da eficácia das vacinas. A subvariante Éris é uma linhagem derivada da Ômicron, que possui mais duas mutações no gene da proteína spike. Ainda não se sabe se essas mutações conferem alguma vantagem adaptativa ao vírus ou se alteram sua patogenicidade.