Taxa de desemprego cai para 7,8% em agosto, revela IBGE
A taxa de desocupação recuou em relação ao trimestre anterior (8,3%) e ao mesmo período do ano passado (8,9%)
O desemprego no Brasil atingiu o menor nível desde fevereiro de 2015, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desocupação ficou em 7,8% no trimestre encerrado em agosto deste ano, recuando em relação ao trimestre anterior (8,3%) e ao mesmo período do ano passado (8,9%).
Isso significa que 8,4 milhões de pessoas buscaram emprego e não conseguiram no período, o menor contingente desde junho de 2015. Por outro lado, a população ocupada (99,7 milhões) cresceu 1,3% no trimestre e 0,6% no ano, atingindo o maior nível da série histórica iniciada em 2012.
O rendimento real habitual dos trabalhadores foi estimado em R$ 2.947, mantendo-se estável no trimestre e aumentando 4,6% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 288,9 bilhões) também foi recorde da série histórica, crescendo 2,4% frente ao trimestre anterior e 5,5% na comparação anual.
O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado – sem considerar trabalhadores domésticos – chegou a 37,25 milhões, o maior total desde fevereiro de 2015. Em relação ao trimestre anterior, a alta é de 1,1%, enquanto na comparação com o ano anterior o avanço é de 3,5%.
O total de empregados sem carteira no setor privado (13,2 milhões) e os trabalhadores domésticos (5,9 milhões) também cresceram no trimestre (2,1% e 2,8%, respectivamente), mas ficaram estáveis no ano. O número de trabalhadores por conta própria (25,4 milhões) e empregadores (4,2 milhões) ficou estável nas duas comparações.
A taxa de informalidade atingiu 39,1 % da população ocupada (ou 38,9 milhões de trabalhadores informais), acima dos 38,9% no trimestre anterior, mas abaixo dos 39,7% no mesmo trimestre de 2022.
Segundo o IBGE, os dados da Pnad Contínua mostram uma melhora do mercado de trabalho brasileiro nos últimos meses. “Há uma recuperação da ocupação e uma redução da desocupação. Isso se reflete na renda dos trabalhadores e na geração de postos formais”, analisa a analista da pesquisa Adriana Beringuy.