Os impostos exagerados do Brasil

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Os brasileiros pagaram até agosto o total de R$ 2 trilhões em impostos. Os dados são do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O número vem para lembrar o cidadão do peso dos tributos que ele carrega e, ao mesmo tempo, serve de alerta ao governo sobre a necessidade de controlar as contas públicas.
O Impostômetro atingiu a marca de R$ 2 trilhões duas semanas mais cedo que no ano passado. A maior velocidade na arrecadação neste ano se deve a fatores como a volta da cobrança do ICMS sobre combustíveis e a PEC da Transição. A maior concentração da arrecadação de impostos está no consumo, o que causa alto grau de regressividade (arrecada-se proporcionalmente mais de quem ganha menos).
Um estudo da Receita Federal sobre a carga tributária mostra que, em 2020, a arrecadação de 13,5% do PIB sobre o consumo no Brasil superou a média da OCDE e países como Reino Unido (10,1% do PIB), Canadá (8,8% do PIB) e Chile (10,6% do PIB).
A reforma tributária que está perto de ser aprovada pelo Senado mantém o Brasil no topo da tributação sobre o consumo. Durante a tramitação do projeto na Câmara dos Deputados, o relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) disse que, no momento, não há margem para a redução da carga tributária sobre o consumo, o que quer dizer que o povo irá continuar a pagar seus impostos cada dias mais e ter menos benefícios como resultado. Infelizmente é a esse o modelo que o Brasil segue desde a sua descoberta em 1500.

✒️Editorial Jornal Paraíso 06/10/2023

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