Empresária é acusada de ser a mandante na morte de advogada em Morrinhos

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A empresária Maria Ediane da Mota Oliveira, de 41 anos, entrou para a lista dos Mais Procurados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS).

Ela e cinco homens (sendo quatro policiais militares) são réus na Justiça Estadual pelos assassinatos da advogada Rafaela Vasconcelos de Maria e da mãe dela, Maria Socorro de Vasconcelos, em Morrinhos, em março deste ano.

A SSPDS detalha, em seu site, que Maria Ediane é “suspeita de ser a mandante do duplo homicídio ocorrido na cidade de Morrinhos, em março de 2023, onde uma advogada e sua mãe foram vítimas, em atividade típica de grupo de extermínio” e ressalta que a mulher foragida é “considerada perigosa”.

Maria Ediane, os policiais militares Edilson Barbosa da Luz, 61, e Reginaldo Cavalcante dos Santos, 40, além de José Elton Cavalcante Mano da Silva, 22, viraram réus pelo duplo homicídio, por decisão da 1ª Vara da Comarca de Marco. Outros dois PMs, Daniel Medeiros de Siqueira e Francisco Amaury da Silva Araújo, já eram réus pelos crimes.

A Justiça Estadual também determinou a retirada do sigilo do processo. A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) divulgou, no último dia 14 de setembro, a prisão do quarto e do quinto suspeitos de matarem Rafaela e a mãe e que a mandante do crime estava foragida.

Conforme a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), Maria Ediane da Mota Oliveira – empresária do ramo de loterias (que também atuaria no jogo do bicho) – ordenou a morte da Rafaela Vasconcelos por interesse amoroso no marido da advogada, um tenente-coronel da Polícia Militar do Ceará (PMCE).

O homicídio foi praticado por Maria Ediane por motivo torpe, ou seja, vergonhoso, repudiado moral e socialmente, desprezível, uma vez que a denunciada cometeu os crimes por não querer que a vítima atrapalhasse o seu relacionamento com o Tenente-Coronel.”, disse o Ministério Público na denúncia.

Para alcançar o seu objetivo, Maria Ediane teria contratado um grupo de extermínio, formado por policiais militares, segundo a denúncia.

R$ 70 MIL teria sido o valor combinado entre a mandante do crime e a quadrilha. Os policiais militares Francisco Amaury, Daniel Siqueira, Edilson Barbosa e Reginaldo Cavalcante fizeram levantamentos da rotina de Rafaela, entre janeiro e março deste ano.

Enquanto José Elton foi acionado pelos PMs para “sujar as mãos” e executar o plano criminoso. A mãe de Rafaela, a idosa Maria Socorro, não era alvo da ação criminosa, mas acabou baleada e morta ao lado da filha, no Centro de Morrinhos, na manhã de 24 de março deste ano.

A Delegacia de Assuntos Internos (DAI), da CGD, analisou conversas em aparelhos celulares, autorizada pela Justiça, e realizou outros levantamentos de inteligência, para chegar à teia criminosa. A investigação foi dificultada pela participação de PMs no crime, segundo investigadores.

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