O prejuízo estimado é de R$ 1,2 bilhão

Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que o Brasil perdeu mais de 28 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 que venceram antes de serem aplicadas. O prejuízo estimado é de R$ 1,2 bilhão. O acórdão foi aprovado nesta quarta-feira (18) pelos ministros do tribunal.

As perdas ocorreram nas secretarias municipais e estaduais de Saúde e no almoxarifado do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP). As vacinas vencidas eram da Comirnaty/Pfizer, da AstraZeneca/Fiocruz, da CoronaVac/Butantan e da Jansen. As maiores perdas foram registradas nos estados de Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Ceará e Rio Grande do Sul.

O relator do processo, ministro Vital do Rêgo, apontou que as causas para as perdas não foram identificadas pelo Ministério da Saúde, que as atribuiu apenas ao não atingimento da meta vacinal. O ministro sugeriu que outros fatores podem ter contribuído para o desperdício, como a falta ou o atraso de registro de vacinação, a não utilização do quantitativo de doses indicadas no frasco, a positivação de temperatura, o manuseio inadequado, a inconsistência de registro e a rejeição de uso pela população.

O TCU determinou ao Ministério da Saúde que apresente em 15 dias planilhas atualizadas de imunizantes distribuídos ou a distribuir aos estados, municípios e Distrito Federal. A pasta também deve apresentar em 30 dias um plano de ação para monitorar o processo de distribuição, vacinação e registro das vacinas. O Ministério da Saúde ainda não se manifestou sobre a decisão do TCU.3de10