De acordo com os mototaxistas reservas o Sindicato modificou a lei para justificar a falta de vagas

Os mototaxistas reservas de Sobral fizeram uma manifestação de frente à Câmara Municipal de Sobral, nessa terça-feira (24), reivindicando as vagas de titulares que eles deveriam assumir este ano conforme o Censo 2022. De acordo com eles o Sindicato dos Mototaxista de Sobral modificou a lei que previa 250 habitantes para cada profissional para 275 para justificar que não tem vaga para novos titulares.

Mototaxista reserva, Quintiniano Paulo, representando os reservas disse que eles foram lesados pelo Sindicato que alterou a lei. “Desde 2011 que pagamos mensalidade, cerca de mil Reais, para os titulares por mês. Dependendo da situação esse valor diminui. Eles alteraram a lei e não comunicaram os reservas e falaram diretamente com os vereadores. Eles deveriam ter chamado a gente para explicar a situação, pois a gente não teria aceito”, disse Quintiniano Paulo.

Já o presidente do sindicato, José Gerardo, disse que a lei foi modificada pela própria gestão municipal de acordo com a situação atual da mobilidade urbana e do Censo 2022. “As Vagas são geradas através do censo da população. A população vai crescendo e a cada dez anos tem a contagem, daí é calculado as vagas que geram. Na lei anterior eram 250 habitantes para cada mototaxista, mas veio o transporte público de Sobral VLT, Transol, Uber e em conversa com o prefeito foi feita a alteração de 250 para 275 habitantes para cada trabalhador. Esse projeto de lei foi uma mensagem do prefeito que mandou para a Câmara”, disse o presidente do Sindicato.

José Gerardo falou ainda que a estimativa era que a população de Sobral no Censo de 2022 fosse chegar a 219 mil habitantes, mas ficou em 203 mil. Com essa situação não foi possível gerar vagas para que novos profissionais entrassem.

De acordo com o sindicato as últimas vagas entregues foram em 2010 quando entrou 119 novos mototaxistas. Atualmente o sindicato conta 753 vagas sendo que até 2010 eram apenas 634. O sindicato não soube informar quantas vagas inativas existem de titulares que faleceram, desistiram ou se aposentaram.