Mercado reage à reforma tributária e bolsa bate novo recorde

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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A bolsa de valores registrou novo recorde histórico, e o dólar fechou em queda, no menor nível em 12 dias

O mercado financeiro brasileiro teve um dia de alívio influenciado pela aprovação da reforma tributária no Congresso Nacional e pela alta do petróleo no cenário internacional. A bolsa de valores registrou novo recorde histórico, e o dólar fechou em queda, no menor nível em 12 dias.

O principal índice da bolsa, o Ibovespa, encerrou o pregão aos 131.084 pontos, com valorização de 0,68%. O indicador superou a marca anterior, de 130.776 pontos, alcançada na última quinta-feira (14). No ano, o Ibovespa acumula alta de 9,5%.

Já o dólar comercial terminou o dia cotado a R$ 4,905, com recuo de 0,65%. A moeda norte-americana chegou a subir durante a manhã, mas inverteu o movimento à tarde, com a entrada de fluxos externos. O dólar está no menor patamar desde 6 de dezembro, quando fechou a R$ 4,89. No mês, a divisa acumula queda de 0,2%. No ano, a desvalorização é de 7,1%.

Reforma tributária

Um dos fatores que animaram os investidores foi a aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados, na madrugada de sábado (16). A proposta, que segue para o Senado, prevê a unificação de cinco tributos federais (PIS, Cofins, IPI, CSLL e Imposto de Renda) em um único imposto sobre valor agregado, chamado de Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS).

A reforma também prevê a redução da alíquota do Imposto de Renda das empresas de 15% para 12,5%, a tributação de dividendos em 20% e a isenção de lucros e dividendos recebidos do exterior. Além disso, a proposta cria um mecanismo de compensação para os estados e municípios que perderem arrecadação com a mudança do sistema tributário.

Para os analistas do mercado, a reforma tributária é essencial para simplificar e modernizar o sistema tributário brasileiro, reduzir a carga tributária sobre a produção e o consumo, aumentar a competitividade das empresas e estimular o crescimento econômico.

Petróleo em alta

Outro fator que impulsionou o mercado financeiro foi a alta do preço do petróleo no mercado internacional, após um ataque a navios petroleiros no Mar Vermelho, que elevou as tensões geopolíticas na região. O barril do tipo Brent, referência mundial, subiu 3,8% e fechou a US$ 78, o maior nível desde outubro de 2018.

A alta do petróleo beneficia os países exportadores de commodities, como o Brasil, que aumentam suas receitas com a venda do produto. Além disso, a valorização do petróleo impulsionou as ações da Petrobras, que têm grande peso na composição do Ibovespa. As ações preferenciais da estatal, que dão preferência na distribuição de dividendos, subiram 2,4%. As ações ordinárias, que dão direito a voto em assembleias, avançaram 2,2%.

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