Mercado financeiro celebra queda do dólar e recorde da bolsa

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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Os investidores reagiram positivamente a fatores externos e internos

O mercado financeiro brasileiro teve dia de otimismo com a queda do dólar para o menor nível em um mês e o recorde da bolsa de valores. Os investidores reagiram positivamente a fatores externos e internos, como a melhora da nota da dívida pública brasileira pela agência S&P Global e a sinalização do Banco Central de que manterá o ritmo de cortes na taxa básica de juros.

O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 4,865, com queda de 0,81%. A moeda norte-americana operou em baixa durante toda a sessão, chegando a R$ 4,85 na mínima do dia, logo após a divulgação da notícia de que a S&P Global elevou a nota da dívida brasileira de BB- para BB, dois níveis abaixo do grau de investimento. A agência citou a aprovação da reforma tributária e as medidas de ajuste fiscal como motivos para a melhora da classificação.

Com a queda desta terça-feira, o dólar acumula desvalorização de 1,02% em dezembro e de 7,86% em 2023. A moeda norte-americana está no menor nível desde 20 de novembro, quando fechou a R$ 4,84.

Já a bolsa de valores teve mais um dia de alta, com o índice Ibovespa, da B3, fechando aos 131.851 pontos, com ganho de 0,59%. O indicador bateu o recorde pelo segundo dia consecutivo, impulsionado pelo desempenho positivo das ações de empresas ligadas ao setor de commodities, como petróleo e minério de ferro.

O mercado de ações também foi influenciado pela divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que indicou que o Banco Central pretende reduzir a taxa Selic em 0,5 ponto percentual nas próximas duas reuniões, levando-a a 4,5% ao ano até março. O Copom descartou a possibilidade de acelerar o ritmo de cortes para 0,75 ponto percentual, o que agradou os investidores, que esperam que os juros brasileiros continuem atrativos em relação aos juros internacionais.

O cenário internacional também favoreceu o mercado financeiro brasileiro, com a alta do preço do petróleo no mercado global e a queda do dólar em relação a outras moedas. O petróleo Brent, referência internacional, subiu 1,6%, cotado a US$ 75,45 o barril. O dólar caiu 0,4% em relação ao euro e 0,3% em relação ao iene. Esses fatores aumentam a demanda por ativos de países emergentes, como o Brasil, que oferecem maior rentabilidade.

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