A luta sem fim contra o preconceito
Último país do planeta a abolir a escravidão, em 13 de maio de 1888, o Brasil tem uma dívida grande com a população negra. A ausência da reparação pelos mais de 350 anos de escravidão e as estatísticas que comprovam que a população negra mantém os piores indicadores sociais e econômicos são os argumentos usados para que o Estado assuma seu papel na luta pela igualdade racial. Ontem, 20 de novembro, foi celebrado o Dia da Consciência Negra, que relembra a luta dos negros contra a opressão no Brasil.
O racismo é um dos principais problemas sociais enfrentados nos séculos 20 e 21, causando diretamente exclusão, desigualdade social e violência. Racismo é a denominação da discriminação e do preconceito contra indivíduos ou grupos por conta de sua etnia, ou cor. Podem ser indicados, a esse respeito, dois tipos de racismo: a discriminação racial e o racismo estrutural.
A discriminação é uma forma direta de racismo que acontece quando um indivíduo ou grupo se manifesta de forma violenta, física ou verbalmente, contra outros indivíduos ou grupos por conta da etnia, raça ou cor, bem como nega acesso a serviços básicos e a locais pelos mesmos motivos. De maneira menos direta, o racismo estrutural é a manifestação de preconceito por parte de instituições públicas ou privadas, do Estado e das leis que, de forma indireta, promovem a exclusão ou o preconceito racial.
A luta contra o racismo exige ação coletiva. Governos, instituições, organizações e indivíduos têm um papel a desempenhar na criação de sociedades mais justas e igualitárias.