Tesouro Direto tem saldo positivo de R$ 278,7 milhões em novembro

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil/Arquivo
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O Tesouro Direto oferece diferentes tipos de títulos, que variam de acordo com o prazo

O programa de venda de títulos públicos pela internet, o Tesouro Direto, registrou um saldo positivo de R$ 278,7 milhões em novembro, segundo dados divulgados nesta terça-feira (26) pelo Tesouro Nacional. Isso significa que as compras de títulos pelos investidores superaram os resgates no mês passado. Foram adquiridos R$ 2,88 bilhões em títulos da dívida pública brasileira, enquanto os resgates somaram R$ 2,6 bilhões.

O Tesouro Direto oferece diferentes tipos de títulos, que variam de acordo com o prazo, o indexador e a forma de pagamento dos juros. Os mais demandados em novembro foram os títulos atrelados à taxa Selic, os juros básicos da economia, que representaram 70,4% das vendas (R$ 2,03 bilhões). Esses títulos são considerados os mais conservadores, pois acompanham a variação da Selic, que está em 11,75% ao ano.

A taxa Selic chegou a 13,75% ao ano em março de 2021, após uma série de elevações promovidas pelo Banco Central (BC) para conter a inflação. Em agosto deste ano, o BC iniciou um ciclo de redução da Selic, que deve continuar no próximo semestre, segundo as projeções do mercado. Mesmo assim, os investidores continuam a preferir os títulos vinculados à Selic, pois eles oferecem uma rentabilidade superior à da poupança.

Os títulos indexados à inflação, medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), tiveram uma participação de 19,7% nas vendas em novembro, totalizando R$ 567,5 milhões. Esses títulos garantem uma rentabilidade real, ou seja, acima da inflação, que está em 8,35% nos últimos 12 meses. Os títulos prefixados, que têm uma taxa de juros definida no momento da compra, representaram 9,8% das vendas, somando R$ 282,3 milhões.

O Tesouro Nacional também oferece dois títulos especiais, voltados para objetivos específicos dos investidores. O Titulo RendA+, criado há um ano, é um título de longo prazo, com vencimento em 2050, que tem como público-alvo os investidores que buscam incrementar a aposentadoria. Esse título teve um aporte de R$ 73,6 milhões em novembro, 2,6% do total para o mês. O EducA+, lançado em agosto, é um título de médio prazo, com vencimento em 2035, que tem como foco os investidores que desejam financiar estudos futuros. Esse título somou R$ 27,6 milhões em vendas, ou 1% do total.

A maioria das vendas em novembro (52,9%) se concentrou em títulos com vencimento entre cinco e dez anos. As aplicações em títulos com vencimento acima de dez anos representaram 11,6%, enquanto os títulos com vencimento de um a cinco anos corresponderam a 35,5% do total, informou o Tesouro Nacional.

O número de investidores cadastrados no Tesouro Direto cresceu 20,7% nos últimos 12 meses, chegando a 26.606.263 em novembro. Desse total, 2.443.675 são investidores ativos, ou seja, que possuem operações em aberto no programa. Em novembro, foram registrados 414.911 novos cadastros, sendo que 9,8% deles são de pessoas com até 15 anos, o que o Tesouro Nacional atribui ao recente lançamento do Tesouro Educa+.

O Tesouro Direto também atrai os pequenos investidores, que podem aplicar a partir de R$ 30. Em novembro, 64,1% das vendas foram de até R$ 1 mil, que corresponderam a 511.148 operações. O valor médio por operação foi de R$ 5.634,90.

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