Funcionários adoecem após comerem alimentos contaminados por ratos
Ministério Público do Trabalho (MPT) de Alagoas recebeu denúncia e apura o caso.
Funcionários de um restaurante da rede de fast food KFC passaram mal após comerem alimentos que haviam sido contaminados por ratos e precisaram ser hospitalizados. O caso aconteceu na unidade do KFC no Maceió Shopping, na capital de Alagoas.
Os trabalhadores disseram que precisaram ir para o hospital depois de comerem pães que teriam sido roídos por ratos dentro da lanchonete. Um dos funcionários ficou hospitalizado por três dias.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) de Alagoas recebeu uma denúncia e apura o caso. A Vigilância Sanitária de Maceió também foi acionada para inspecionar a unidade. O Terra procurou a assessoria de imprensa do KFC Brasil, mas não recebeu retorno até o momento.
O advogado Frederico Félix Barbosa, que representa os trabalhadores, disse, em entrevista ao site de notícias locais Cada Minuto, que oito funcionários foram hospitalizados com enjoo, vômito e fraqueza. Ao realizarem exames, foi constatado que eles ingeriram alimentos contaminados por fezes de rato e salmonela do frango, segundo o advogado. Ele ainda ressaltou que os alimentos em questão seriam os mesmos servidos aos clientes.
A gerência do KFC teria sido informada pelos funcionários sobre a sujeira e validade dos alimentos, mas nenhuma medida teria sido tomada antes da internação dos funcionários, segundo Félix.
O MPT de Alagoas informou que a denúncia foi recebida no dia 17 de janeiro por irregularidades/ilegalidades trabalhistas relacionadas ao meio ambiente de trabalho da empresa e que teriam afetado a saúde e segurança dos funcionários contratados.
“No dia seguinte, foi instaurado um inquérito civil público para apurar os fatos relatados. No âmbito do procedimento, inicialmente o MPT/AL deu o prazo de 10 dias para a empresa manifestar defesa sobre a denúncia, apresentando documentação comprobatória das informações manifestadas. Na sequência, novas medidas administrativas e judiciais podem ser adotadas conforme a necessidade do caso e atribuição do Ministério Público do Trabalho”, diz o MPT.
A Vigilância Sanitária de Maceió (Visa) informou ter recebido a denúncia, e foi informada sobre suspeita de leptospirose entre os funcionários da lanchonete.
“Os fiscais da Visa foram até o estabelecimento, que estava fechado devido a uma reforma, por isso não tiveram acesso ao seu interior para averiguar a situação do empreendimento”, diz o órgão.
“O papel da Vigilância Sanitária é levar orientação de forma educativa aos funcionários e proprietários dos estabelecimentos para que cumpram com as normas sanitárias, a fim de garantir a saúde dos consumidores. Por isso, neste caso, compete à Visa, durante as fiscalizações, avaliar a higienização do estabelecimento, a estrutura física, alvará sanitário, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e, sobretudo, verificar se os produtos alimentícios estão dentro do prazo de validade, além de observar também se o estabelecimento possui o certificado de controle de pragas”, esclareceu a Visa.